Set 2022
20
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Após expansão no café, investidor quer mirar o mercado de pimenta

A nova planta industrial da Blend Coffee em Linhares vai aumentar em cerca de 80% a capacidade de processamento de café, que vai passar de 1 milhão de sacas para 1,8 milhão de sacas por ano.

A capacidade de armazenagem também será ampliada: vai passar de 300 mil sacas para 400 mil sacas. As informações foram confirmadas por um dos diretores e sócios da Blend, Júlio César Moro.

Com 16 anos de mercado, a companhia atua como um intermediário entre o produtor e as indústrias de café nacionais e internacionais. Na prática, a Blend faz a separação do conilon em suas diversas qualidades e revende para as empresas que torram e beneficiam o café.

Antes, a Blend contava com um galpão próprio e dois alugados em Linhares. A nova estrutura de 15 mil metros quadrados- que está sendo executada pela Machine Desenvolvimento- vai centralizar toda a operação no município e suportar o crescimento da empresa, que estava operando em plena capacidade.

“A economia cafeeira do Espírito Santo e o Sul da Bahia tem uma tendência de crescimento para os próximos anos de produção de café, impulsionado pela chegada de grandes indústrias como Cacique, Olam e possivelmente Maratá”, avalia Moro.

O investimento de R$ 30 milhões contempla, além da construção do imóvel, a aquisição e silos e maquinários para o processamento do café.

Após a conclusão da nova planta, a Blend quer investir em uma indústria de processamento de pimenta-do-reino, que, segundo Júlio César Moro, é um mercado crescente no estado.

Cadeia produtiva do café é fortalecida em Linhares

O prefeito de Linhares Bruno Marianelli destaca que a produção linharense de café é estratégica para o Espírito Santo e se apresenta como um produto fundamental para a economia capixaba e brasileira. Ele ressalta as iniciativas do programa Linhares Coffee, da secretaria municipal de Agricultura, para elevar a qualidade dos grãos e ampliar mercados.

“Nosso objetivo é estreitar o relacionamento entre os segmentos do setor, dando suporte à elaboração de políticas que permeiam a cadeia produtiva do café. A intenção é valorizar a produção e os produtores linhaenses, criando novas oportunidades de negócio, agregando valor e fortalecendo o café de Linhares nos mercados nacional e internacional”, destaca.

Para Bruno, os investimentos do setor privado e a chegada de novas indústrias que beneficiam o grão, como Cacique, Olam e Maratá, representarão um grande impacto no agronegócio, capaz de alavancar um novo ciclo do café no Estado e, principalmente, para Linhares.

“Queremos dialogar com o mundo e ter orgulho de apresentar os aspectos da produção, do manejo e da forma de gerir o negócio do café em Linhares”, pontua.

Linhares é o maior produtor de café conilon do Espírito Santo e com título tão importante, o prefeito estimula o consumo da bebida pela população. ‘Café melhora o humor das pessoas. E não há saúde se não houver emprego, renda e oportunidades. O café gera tudo isso’, afirmou.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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