Design e marca impactam cada vez mais as finanças das empresas, avaliam especialistas
Um movimento articulado pela USERH, uma startup de capixaba fundada por uma empreendedora paulista, escancara a necessidade de empresas capixabas apoiarem e consumirem de negócios locais. Desde a última semana, painéis espalhados por Vitória anunciaram a mensagem “Apoie o empreendedor capixaba”, junto com frases que remetem a elementos da cultura do Espírito Santo. “A moqueca é capixaba. Somos quase 500 mil empresas no Espírito Santo e você comendo peixada”, diz um dos anúncios.
A iniciativa da startup USERH, uma plataforma de gestão de recursos humanos criada há dois anos dentro da consultoria Rhopen, apela para a necessidade de empresários capixabas apoiarem outros empreendedores do estado, incentivando negócios para fomentar a economia local. Veja os dizeres que estão sendo exibidos pela capital.
Segundo a CEO da USERH, Cátia Horsts, o caminho de empreender no Espírito Santo, por muito tempo, foi de sofrimento com o preconceito local. Mas disse que essa realidade vem mudando. Nascida em São Paulo, Cátia escolheu há 11 anos o Espírito Santo para empreender.
“Tinha-se o pensamento de que os produtos e serviços bons estavam em São Paulo, ou provinham da região Sul do Brasil, ou ainda que eram encontrados apenas em marcas reconhecidas e consolidadas há muitos anos. No entanto, nos últimos anos, a mente do empreendedor capixaba tem se voltado para dentro de casa”, explica Cátia.
A empresária também destaca a forte economia do Espírito Santo, com posição, estrutura geográfica e logística favoráveis, tanto ferroviária quanto hidroviária. “Tivemos uma sólida gestão governamental nas duas últimas décadas e lideranças atuantes, com destaque para da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), ecossistemas e hubs de inovação, associações de classe, Sebrae e Sistema S”, opina.
“Nós temos muitas coisas boas, com competência de nível nacional e até internacional, e que não perdem para empresas do Vale do Silício ou para qualquer região do Brasil. Precisamos dizer para fora deste estado que nós acreditamos no que produzimos aqui dentro, consumindo o que produzimos”, concluiu.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória