Set 2022
30
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Até agosto deste ano, 536 milhões de dólares em aeronaves foram importadas pelo Espírito Santo

O Espírito Santo tem sido uma grande porta de entrada de aeronaves importadas, principalmente pela conhecida agilidade e boas instalações da infraestrutura disponibilizada no Aeroporto de Vitória.

Os benefícios fiscais e posição estratégica colocam o Estado na rota dos interessados, oportunizando melhores negócios para os compradores.

Em 2021, o estado importou US$ 632 milhões em aviões e helicópteros e em 2022 esse número deve ser ainda maior. Entre janeiro e agosto deste ano, foram US$ 536 milhões em aeronaves importadas pelo Espírito Santo.

Dentre os modelos mais caros já importados através do Espírito Santo, estão o jato Bombardier Global 6000, que custa cerca de R$ 350 milhões na fábrica.

O acesso tem sido facilitado não só pela expansão e maior divulgação do setor, mas também em razão de melhores condições regulatórias provocadas pela Lei do Voo Simples (Lei 14.368/2022), editada com objetivo principal de tornar a aviação brasileira cada vez mais dinâmica e competitiva.

A procura por aeronaves é tão grande que as filas de espera superam entregas para 2025. Com isso, o mercado de aeronaves usadas e seminovas ganha destaque especial, principalmente com importações realizadas no eixo Estados Unidos x Brasil.

Especialistas alertam para os cuidados na hora da importação

Devido aos altos valores envolvidos e a necessidade de conhecimento técnico apurado, o advogado Rodolpho Pandolfi, sócio da APD Advogados e especialista no setor, alerta para a necessidade de adoção de algumas medidas de cautela, como a realização de vistoria técnica previamente à conclusão do negócio, assim como a negociação de boas cláusulas contratuais.

Rodolpho acrescenta que a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Receita Federal têm exercido grande papel na simplificação dos procedimentos burocráticos, mas esse tipo de operação demanda acompanhamento específico, tendo em vista que todo processo de importação, registro e comercialização da aeronave passa por diversos órgãos e setores, tanto no exterior como no Brasil.

A alta no valor das aeronaves provocada pelo aumento na demanda e a variação do dólar não tem sido fator limitador no crescimento do setor, já que medidas desburocratizantes passaram a permitir, inclusive, a utilização da propriedade compartilhada de aeronaves, permitindo o acesso ao mercado com investimentos e custos compartilhados.

Para Luiz Frederico, diretor da empresa de aviação executiva Bra Air Aviação, há uma grande aposta na aviação executiva, não só para a importação de aeronaves, como também para a importação de peças e componentes.

“O setor de serviços se movimenta com muito entusiasmo, sobretudo em mecânicas especializadas e demais serviços auxiliares, como os serviços de abastecimento e hangaragem”, diz.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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