Empresários capixabas buscam oportunidades de negócios em encontro com grande empresas em São Paulo
Na última quarta-feira (28), o Ministério de Minas e Energia publicou uma portaria que abre o Mercado Livre de Energia para todos os consumidores de média e alta tensão (Grupo A) a partir de 2024, o que pode proporcionar na prática uma economia de 40% para os que aderirem. Na prática, as empresas com conta de luz a partir de R$ 10 mil ficam autorizadas a comprar eletricidade de qualquer fornecedor do Sistema Interligado Nacional (SIN) – é a chamada portabilidade na conta de luz. Com essa medida, 2,2 mil empresas no Espírito Santo poderão ser beneficiadas.
A medida, que segundo o MME deve alcançar cerca de 106 mil novas unidades consumidoras no Brasil, se concretiza após anos de expectativa do setor produtivo. Afinal, é considerada uma das maiores liberalizações da história no mercado de energia elétrica brasileiro.
Em nota, o Ministério diz que a abertura do mercado de energia “traz maior liberdade de escolha para os consumidores, com a consequente ampliação da competitividade, ao permitir o acesso a outros fornecedores além da distribuidora”.
Segundo cálculos da ferramenta Desperdiçômetro, da Clarke, desde 2003, as residências e empresas brasileiras já desperdiçaram R$ 154 bilhões de reais desde 2003 por não estarem consumindo energia livremente no Mercado Livre de Energia
Pedro Rio, CEO da Clarke Energia, estima que no Brasil, 500 empresas entram para o mercado livre de energia em uma base mensal. A partir dessa abertura, a expectativa é que esse número dobre rapidamente.
“Essa portaria é uma verdadeira revolução. Além de representar menos custo para as empresas, ela também vai se converter em empregos, produtos mais baratos, sustentabilidade e crescimento econômico. Estamos ansiosos para que chegue o dia em que todos os brasileiros, em suas casas, também serão livres e poderão escolher de quem comprar a energia que eles consomem”, acrescenta.
Essa abertura ainda mais ampla pode se tornar uma realidade nos próximos anos. Em paralelo, encontra-se parado no congresso o PL 414, que propõe a portabilidade na conta de luz também para os consumidores residenciais.
O mais realista no momento, porém, é a abertura do mercado livre para o grupo de baixa tensão, que abarca um número ainda maior de empresas (Grupo B). O Ministério diz que esse é próximo passo para uma desregulação mais ampla do setor, e que uma nova consulta a respeito do tema será publicada “em breve”.
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