Dez municípios capixabas receberão R$ 40 bilhões em investimentos até 2026
Ao fim de 2022, o Sistema OCB registrava um total de 4.880 cooperativas no Brasil, reunindo mais de 18,8 milhões de cooperados– o equivalente a 8% da população do país– e 493 mil empregados. Essas empresas movimentam todos os anos centenas de bilhões de reais em setores que vão desde a agropecuária até serviços financeiros e crescem a cada ano. A expectativa de Tânia Zanella, superintendente do Sistema OCB, é que o faturamento global das cooperativas brasileiras dobre em cerca de cinco anos.
Em escala global, as cooperativas faturaram em 2019 US$ 2,18 trilhões. Esse valor equivaleria à posição de 8ª maior economia do mundo se essas cooperativas formassem um país.
Já no Brasil, o cooperativismo registrou uma receita de R$ 524 bilhões em 2021, 26% maior quando comparado ao ano anterior.
Com um crescimento veloz, o Sistema OCB, que representa as cooperativas no país, lançou o desafio de dobrar o faturamento desse modelo de negócio até 2027, atingindo portanto uma receita na casa de R$ 1 trilhão por ano.
“Lançamos esse desafio e tenho certeza que vamos alcançar o faturamento de R$ 1 trilhão antes de 2027. Mas além de uma questão econômica, esse crescimento tem reflexos sociais. Queremos aliar a sustentabilidade, o crescimento econômico e o apoio social aos cooperados”, disse Tânia Zanella, superintendente do Sistema OCB.
Segundo a superintendente, o Espírito Santo terá papel importante para alcançar esse resultado. O faturamento das cooperativas capixabas teve, em 2021, um crescimento da ordem de 27%, alcançando R$ 8,4 bilhões, o equivalente a 5,5% do PIB nominal do Espírito Santo.
Se o Espírito Santo acompanhar o ritmo de crescimento nacional, o faturamento deve chegar a R$ 17 bilhões em cinco anos.
Para Pedro Scarpi Melhorim, Presidente do Sistema OCB/ES, as fusões e incorporações serão um motor para o crescimento do cooperativismo de agora em diante.
“O caminho é trabalhar de forma planejada, o que inclui um olhar atento às demandas do setor e uma visão estratégica que garanta a perenidade do negócio cooperativista. Por isso, estimulamos as fusões e incorporações sempre que necessário. Afinal, para conquistarmos mais cooperados precisamos de organizações fortes, sólidas e firmes, e a união de duas ou mais cooperativas tem esse poder, trazendo benefícios para todos os envolvidos”, analisa Melhorim.
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