Entre 2021 e 2026, o Espírito Santo vai receber R$ 50 bilhões em investimentos públicos e privados, que contemplam obras de infraestrutura, portos, expansão de empresas, condomínios residenciais e obras públicas, segundo o Instituto Jones dos Santos Neves. O que chama a atenção é que cerca de 80% desses investimentos estão concentrados em 10 municípios. Além disso, quase a metade do valor total está concentrado na Grande Vitória. Por outro lado, 25 municípios capixabas vão receber, nesse período, R$ 20 milhões em investimentos ou menos. Saiba quais são eles a seguir.
Dentre os 78 municípios capixabas, cinco receberão menos de R$ 5 milhões de investimentos públicos e privados. São eles: Itaguaçu, Venda Nova do Imigrante, São Gabriel da Palha, Alto Rio Novo, Brejetuba e Governador Lindenberg.
Vinte cidades terão entre R$ 5 milhões e R$ 18 milhões em aportes públicos e privados. São elas: Ecoporanga, São José do Calçado, Mucurici, Marechal Floriano, Dores do Rio Preto, Vargem Alta, Muqui, Ibitirama, Águia Branca, São Domingos do Norte, Conceição do Castelo, Ibatiba e Vila Pavão, Jerônimo Monteiro e Ponto Belo
Itaguaçu é a última cidade da lista, e até o momento, tem apenas um investimento acima de R$ 1 milhão projetado até 2026. A construção do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) vai demandar um aporte de R$ 1 milhão do governo estadual.
A microrregião de Itaguaçu, a Central Serrana, é a segunda com menos investimentos anunciados até 2026, com apenas R$ 297 milhões distribuídos em 28 projetos.
A região Sudoeste Serrana- onde estão municípios como Afonso Cláudio, Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante- é a que menos tem investimentos previstos nesse período, com apenas R$ 230 milhões em 7 projetos. Domingos Martins corresponde por R$ 130 milhões desse total, mas o número pode ser ainda maior devido ao grande volume de investimentos da construção civil na região.
O fato é que existem desigualdades regionais na atração de investimentos. Municípios do Norte e municípios com maior índice de urbanização receberão, em média, mais investimentos que as cidades de predomínio rural e na região Sul do estado.
Pablo Lira, pesquisador do Instituto Jones dos Santos Neves, o perfil do setor produtivo desses municípios resultam em um menor volume de investimentos. “São municípios com a maior parte da população vivendo na zona rural e com a atividade econômica concentrada no setor primário. Nesses locais, o setor público garante o mínimo de investimentos, seja em infraestrutura, educação ou assistência”.
Já nas regiões com centros urbanos mais desenvolvidos, os investimentos industriais na casa das dezenas e centenas de milhões de reais predominam. “Os municípios do Litoral Sul e Nordeste, Rio Doce, metropolitana tem um percentual da população maior parte urbana que atrai grandes investimentos industriais, principalmente da porção norte, que conta com incentivos da Sudene”, completa.
No topo da lista de investimentos no Espírito Santo está Presidente Kennedy, que vai receber R$ 8,5 bilhões em investimentos até 2026 com a construção do Porto Central e novas operações de exploração de petróleo em alto-mar.
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