O agronegócio é um setor que apresenta desempenho considerável no cenário brasileiro, representando cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Atenta a este cenário de prosperidade do agro, a VLI Logística, que opera a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), juntamente com a Embrapa Cerrados, destinou R$ 6,7 milhões para ampliar as áreas cultiváveis em regiões na área de influência da ferrovia, com potencial de ampliar a exportação de grãos através dos portos do Espírito Santo.
Esse acordo de cooperação técnica e financeira entre a VLI Logística e a Embrapa Cerrados prevê a implantação do LabCerrado, uma aceleradora de Agroinovação dos Cerrados.
A ideia é promover o desenvolvimento sustentável das regiões do Cerrado de Tocantins e de Minas Gerais, em uma área cultivável entre 7 e 10 milhões de hectares.
Mais áreas cultiváveis significam mais produção de grãos e mais cargas para os portos capixabas. O valor investido pela VLI de R$ 6,7 milhões envolve a estruturação do programa de aceleração de unidades produtivas rurais baseadas na produção de cultivos anuais de grãos como soja e milho.
Também está nos planos da VLI investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação otimizada por condições de solo e clima.
Com a estruturação de ecossistemas de inovação, é esperado uma aceleração na geração e a adoção de tecnologias que impulsionam a produção do agronegócio nas regiões alvo do projeto, gerando mais cargas e mais negócios ao longo da ferrovia.
Para Edson Zacarias, gerente de Fomento da VLI, as regiões selecionadas para o LabCerrado têm em comum grandes extensões de áreas de pastagens e agrícolas e uma infraestrutura logística capaz de suportar, com eficiência, o escoamento da produção.
O projeto atua na mobilização e no engajamento dos produtores e demais agentes, como entidades e associações do agro, poder público, indústria, tradings, setor financeiro e outras empresas interessadas em unir forças à VLI e à Embrapa.
A iniciativa também vai promover a recuperação de solos degradados e em regiões com índice pluviométrico desfavorável. O ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, é um entusiasta do projeto e planeja utilizar o pó de rocha como fertilizante natural para o solo.
Segundo Paolinelli, estudos estimam que, a cada um milhão de hectares incorporados, há uma geração de R$ 5 bilhões em receitas divididas entre a produção agrícola, empregos, aquisição de máquinas e logística.
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