Startup paulista investida pelo Fundo Soberano atrai mais investidores e rodada soma R$ 1 milhão
A Lau Fintech, uma startup paulista do setor financeiro, foi uma das quatro empresas a receber investimento do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses 1) nessa segunda rodada, ao lado de uma startup paulista, EVA, e duas capixabas, Fisarmonica e SwitchApp. As iniciativas receberam um total de R$ 2 milhões: as paulistas levaram R$ 1,1 milhão e as capixabas somaram R$ 900 mil. João Marcelo Alves, um dos sócios da Lau, projeta para a empresa uma fase de crescimento acelerado com presença no mercado capixaba após a investida.
A startup Lau Fintech nasceu com outro nome e proposta. A antiga Meddriven se lançou no mercado com a proposta de aumentar a eficiência e reduzir desperdícios em serviços terceirizados de empresas de saúde. Com o novo nome, a solução é bem similar à antiga, mas a ideia é atender a todo o tipo de mercado, inclusive indústrias, varejo, comércio e setor público.
“Estávamos no mercado de saúde e nos adaptamos para ter um público mais amplo. Em todas as empresas onde atuamos, reduzimos desperdícios na gestão de serviços terceirizados. Na grande maioria das vezes, esse tipo de serviço não tem mensuração de qualidade de execução e eficiência, e resolvemos isso com indicadores de performance”, explica João Marcelo.
Com os recursos do Fundo Soberano e a aceleração da ACE, a Lau quer crescer para passar por uma rodada de investimentos maior e expandir no Brasil e no mundo no final do ano que vem.
No ano passado a Lau faturou pouco abaixo de R$ 1 milhão, número que deve se repetir em 2022. No ano que vem, a empresa projeta alcançar uma receita de R$ 1,7 milhão.
Muito além de trazer a sede fiscal para o Espírito Santo, a Lau espera se explorar o potencial da economia capixaba para crescer.
“O Espírito Santo por ser um estado com ecossistema de inovação desenvolvido, é é um local onde temos interesse de apresentar e aplicar nossa ferramenta. Sabemos que no estado existem muitas empresas no ramo de combustíveis, metalmecânica, atacado e varejo que podemos atender. O Espírito Santo é um estado sólido para o desenvolvimento de startups e sem dúvidas está nos nossos planos para o futuro”, conclui.
Vale lembrar que o Fundo Soberano foi concebido pelo Bandes a partir de recursos estaduais de royalties do Petróleo, e o Fundo de Investimento em Participações é gerido pela TM3 Capital, com apoio da ACE.
Das nove empresas investidas até o momento, três são de fora do Espírito Santo. Marcel Malczewski, CEO da TM3 Capital, que gere os investimentos do Fundo de Investimento em Participações do Fundo Soberano, lembra que essas empresas precisam trazer sua sede fiscal para o Espírito Santo, ter atividades operacionais e gerar empregos no estado. Mas, segundo ele, os benefícios de “importar” startups vai muito além.
“A prioridade sempre vai ser investir e desenvolver startups capixabas. Existem startups suficientes para investirmos no Espírito Santo, mas olhando para ecossistemas de inovação de sucesso ao redor do mundo, é comum ter uma mistura de startups locais e de fora. É saudável trazer cultura, profissionais e empreendedores de fora para contribuir com a evolução do ambiente de negócios”, defende Marcel.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória