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Nos últimos anos, os ataques hackers que visam o sequestro de dados de empresas (conhecidos como ataques ransomware) ganharam visibilidade após ataques a empresas como o da Americanas, Lojas Renner, Porto Seguro e Serasa. Agora, o alvo da vez são as pequenas e médias empresas. As companhias com menos de 100 funcionários concentraram 44% dos ataques virtuais em 2021. O perfil não amenizou o preço do resgate que aumentou 48 vezes em três anos, chegando a uma média de US$ 322 mil dólares no final do ano passado (cerca de R$ 1,8 milhão). Especialistas apontam caminhos para empresas desse porte se protegerem no mundo virtual.
Os ataques hackers não visam apenas o setor privado. Pelo menos quatro prefeituras do interior do Espírito Santo, como as de Brejetuba, Mimoso do Sul, Itapemirim e Alegre, além do TRT-ES, sofreram algum tipo de ofensiva virtual em 2022.
Segundo o relatório do grupo britânico NCC, ataques de sequestro de dados quase dobraram de 2020 para 2021 e corresponderam a 65,4% dos ataques. No geral, pessoas e empresas brasileiras sofreram 33 milhões de tentativas de ataques.
“São empresas que investem menos em cibersegurança e estão mais propensas a pagar o resgate. Um ataque direcionado a uma empresa grande, que tem controles e processos melhores, pode levar muito tempo para atacar atingir o êxito e receber o resgate”, analisa Guilherme Iglésias, diretor de cibersegurança da VipRede, empresa capixaba que oferece soluções dessa categoria.
A onda de ataques tem motivado a busca por cibersegurança. Segundo a PwC, o número de organizações que previam o aumento de gastos cibernéticos em 2022 era de 83%, acima da média global, de 69%.
“Pequenas empresas têm se atentado mais à importância da cibersegurança. Na prática isso tem acontecido com empresas cada vez mais próximas, não apenas as gigantes, o que alarma mais empresários sobre o tema”, observa Iglésias.
O especialista afirma que, além de procurar o atendimento especializado, medidas básicas de segurança devem ser adotadas nas empresas.
“A segurança virtual de uma empresa está calcada em três pilares: pessoas, processos e produtos. Para cuidar de pessoas e processos, a empresa de tecnologia precisa de um trabalho de treinamentos junto ao RH com uma comunicação clara junto ao time. Na hora de buscar um software de cibersegurança, é fundamental buscar um que esteja em linha com os custos da companhia. Existe cibersegurança para todos os bolsos”, conclui Iglésias.
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