Com meta de faturar R$ 3 bilhões, Extrabom vai investir R$225 milhões e abrir oito novas lojas até 2025
Nesta quinta-feira (8) o 10º Encontro Folha Business reuniu grandes lideranças do setor público e privado para debater sobre as perspectivas do desenvolvimento econômico e os desafios relacionados à logística e infraestrutura no Brasil. Dentre os convidados, está Mauro Mendes, Governador do Mato Grosso, que colocou em prática o maior plano estadual de investimento em infraestrutura no país, em que contemplou mais de quatro mil quilômetros de rodovias, 153 pontes, aeroportos regionais e a primeira ferrovia estadual brasileira. Em painel com o vice-governador eleito, Ricardo Ferraço, ele compartilhou sua experiência à frente desses projetos, que podem servir de exemplo para o Espírito Santo.
O Espírito Santo e o Mato Grosso são dois estados que possuem desafios similares quanto à infraestrutura e à logística: o imbróglio da BR-163 (MT) é muito parecido com o da BR-101 (ES), que acumula gargalos que demandam investimentos e melhorias.
O governo de Mato Grosso assumiu a administração da BR-163, em um trecho de 850 km da chamada “rota da soja” no Estado, uma das principais vias de escoamento de grãos do Brasil. A Rota do Oeste (CRO), concessionária da Odebrecht Transport (OTP), formalizou a venda da concessão da BR-163, em Mato Grosso, pelo valor simbólico de R$ 1 ao governo estadual.
O termo que possibilita que a companhia transfira a administração da rodovia para a estatal MTPar foi assinado em conjunto com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A concessão tem dívidas que somam quase R$ 2 bilhões.
A previsão é de que as primeiras obras de duplicação sejam iniciadas ainda no primeiro semestre de 2023, considerando também os trechos mais críticos e com maior registro de acidentes. A proposta é que, ao todo, seja investido cerca de R$ 1,2 bilhão no prazo de dois anos.
“Vivemos uma concessão federal que não conseguiu cumprir o seu papel perante a infraestrutura para a qual ela foi concedida. Com isso, a obra foi para o caminho da relicitação – no qual nós sabemos que é marcada pela lentidão. Diante disso, o Governo, que praticava a boa gestão fiscal, assumiu essa atividade”, disse Mendes.
Ele ainda relatou que, por meio desta conduta, conseguiu flexibilizar uma série de fatores que seriam impossíveis ao mercado. “É papel do Governo intervir estrategicamente em qualquer problema que tenha grande impacto social. Esse é o nosso papel”.
Ricardo Ferraço, por sua vez, disse que a sua gestão ao lado de Renato Casagrande tem interesse em adotar no Espírito Santo a mesma medida tomada por Mauro Mendes.
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