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No Brasil, não é apenas a criminalidade nas ruas que assusta. No mundo digital, o número de ataques hackers a empresas disparou nos últimos anos. O país registrou no primeiro semestre de 2022, 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas, segundo o FortiGuard Labs. O número é 94% superior na comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando foram 16,2 bilhões de registros. No Espírito Santo, a VipRede– empresa de tecnologia com atuação em cibersegurança– protege seus computadores e de seus clientes de 2 milhões de ataques todos os anos. Vendo a demanda por proteção virtual crescer, a VipRede estima que sua área de cibersegurança vai crescer 200% no ano que vem.
A crescente de ataques hackers tem sido motivo de preocupação principalmente de empresas. O custo de ataques cibernéticos para companhias em todo o mundo foi de US$ 7,5 bilhões em 2019. Em 2022, esse número está estimado para chegar a US$ 20 bilhões e deve subir para US$ 30 bilhões em 2023, segundo a Cybersecurity Ventures. Esse número é uma soma de gastos com segurança virtual e de pagamento de resgates– que pode chegar a R$ 20 milhões, segundo a IBM.
Atualmente existem duas categorias principais de ataques hackers. A primeira é a negação de serviços, que sobrecarrega os servidores de um site ou de uma empresa de telecomunicação, tornando-a lenta e até inoperante.
A segunda, também conhecida como sequestro de dados, é chamada de Ransomware– em que hackers criptografam os dados de uma empresa e exigem o pagamento de um resgate para a liberação.
Segundo Guilherme Iglésias, diretor de cibersegurança da VipRede, existem caminhos para evitar um pesadelo como esse. O primeiro passo é a empresa se proteger com softwares de cibersegurança profissionais. Esses evitam ataques de robôs que buscam por brechas nos computadores corporativos a todo momento.
Porém, os ataques direcionados a uma determinada empresa têm sido cada vez mais comuns. Nesses casos, os hackers estudam os aspectos financeiros, as pessoas e a tecnologia da companhia para obter sucesso.
“A proteção contra ataques direcionados exige uma estrutura mais robusta. Uma empresa especializada pode monitorar indícios de ataque ativamente para mitigá-los e, em caso de sucesso, agir de forma tempestiva para reduzir os danos e permitir que a operação da empresa retorne ao normal no menor tempo possível”, diz Iglésias.
O especialista cita medidas preventivas para evitar esse crime. “Possuímos um Centro de Operações de Segurança (SOC) com equipes defensivas e ofensivas. O time ofensivo explora as falhas de segurança e vulnerabilidades enquanto o time defensivo atua na proteção. Assim conseguimos entender pontos frágeis e preparar a tecnologia das empresas para ameaças reais”, conclui.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória