O Bandes tem cerca de R$ 135 milhões disponíveis para operações em diversas linhas de crédito com recursos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entre elas, a linha Finame Baixo, disponível para empresários capixabas que desejam financiar a compra de máquinas e equipamentos com maiores índices de eficiência energética ou que contribuam para a redução da emissão de gases de efeito estufa, como sistemas fotovoltaicos, veículos elétricos ou movidos por biodiesel.
Para permitir que o desenvolvimento econômico capixaba esteja alinhado às causas de sustentabilidade socioambiental, com a preservação dos recursos naturais e fauna e flora, o banco capixaba atua para que os empresários tenham acesso facilitado a financiamentos que estejam alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Tratar sobre questões ambientais é uma tendência mundial e é sempre uma pauta de discussão entre lideranças internacionais. A corrida para uma economia com emissões de baixo carbono está de acordo com os compromissos assumidos no Acordo de Paris contra os avanços das mudanças climáticas.
Uma vez que há um movimento global para o crescimento do mercado de baixo carbono e as condições operacionais do produto são uma das mais competitivas dentro da realidade do mercado, os benefícios da linha são inúmeros.
A linha de crédito Finame Baixo conta com prazos de até dez anos e carência de até dois, com taxas acessíveis para pagamentos das parcelas. Além disso, tem um bônus de redução de 1% nas taxas de juros para os clientes adimplentes do banco.
Para o gerente Comercial e de Relacionamento do Bandes, Ezequiel Loureiro Nascimento, a economia mundial vem se adaptando e incluindo os conceitos ESG (Environmental, Social, and Governance) nas rotinas organizacionais, permitindo a ampliação de oferta e demanda por linhas de crédito verde no mercado nacional e estadual.
“Com essa linha, trabalhamos para oferecer aos empresários capixabas crédito que contribua para o desenvolvimento de seus planos de negócios e, ao mesmo tempo, produza uma melhoria significativa na qualidade de vida dos cidadãos e do meio ambiente. A linha conta com condições operacionais especiais e competitivas dentro do mercado que trazem diversificação e possibilitam o desenvolvimento regional e equilibrado do Espírito Santo” afirmou Ezequiel.
Além disso, Nascimento destaca que todos os portes de empresas podem ser atendidos, pois o foco da linha é financiar investimentos em eficiência energética, equipamentos para atividade sustentáveis e de preservação do meio ambiente, bem como todos devem ter o código Finame.
O Brasil tem o potencial de mitigar 1,3 gigatoneladas de carbono até 2030 e contribuir com cerca de 1,9 gigatoneladas em excedente de carbono para o resto do mundo. A mudança pode representar um crescimento de US$ 100 e US$ 150 bilhões por ano no PIB nacional.
É o que aponta o relatório “The Amazon’s Marathon: Brazil to lead a low-carbon economy from the Amazon to the world” (Maratona da Amazônia: o Brasil lidera uma economia de baixo carbono da Amazônia para o mundo), apresentado pela empresa Systemiq na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas.
No Espírito Santo, a expectativa estadual é reduzir em 50% as emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2030 e alcançar a neutralidade desses gases até 2050. A redução tende a promover a mudança de pensamentos dentro do setor produtivo capixaba, além de permitir a aproximação de grande parte dos empresários a produtos e serviços não poluentes.
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