Startup capixaba Lance Bom expande atuação para São Paulo com marketplace focado em condomínios
Após dois anos marcados pelas incertezas econômicas geradas pela pandemia da Covid-19, o comércio exterior capixaba teve um 2022 de recuperação e de crescimento nas importações – uma das principais atividades econômicas do Espírito Santo. No período de janeiro a novembro, o crescimento nas importações foi de 50,4%, em relação ao mesmo período em 2021, totalizando US$ 8,78 bilhões. A alta nas importações é um forte indicativo de crescimento no mercado interno. Já as exportações apresentaram queda de 4,37% e totalizaram US$ 8,40 bilhões.
Em valores, o total importado no ano foi de US$ 8,78 bilhões, sendo os principais produtos carvão, veículos automóveis para transporte de mercadorias e de passageiros, além das aeronaves.
Ao longo do ano, o Espírito Santo se firmou, inclusive, como o maior importador de aeronaves do Brasil, o segundo maior importador de vinhos e um dos principais estados importadores de veículos/automóveis do país.
Apesar do recuo de 4,37% nas exportações de janeiro a novembro de 2022, em relação ao ano anterior, o presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), Sidemar Acosta, avalia que as expectativas para 2023 são positivas, principalmente por conta do destrave de projetos importantes para o setor.
“Temos um cenário favorável para seguir com a trajetória de crescimento nas atividades de comércio exterior no Espírito Santo ao longo de 2023. São projetos importantes saindo do papel, envolvimento dos governos, investimentos em logística e interesse cada vez mais forte das empresas em importar e exportar pelo Estado”, explicou.
Uma conquista recente do setor de comércio exterior foi a prorrogação dos incentivos fiscais até 2032. Além do setor atacadista, a medida também beneficia indústrias, concessionárias, distribuidoras de veículos, entre outros.
Sidemar considera que a prorrogação dos incentivos fiscais traz uma série de oportunidades para as empresas.
“Foi uma grande conquista do setor de comércio exterior e que deve contribuir para esse crescimento também em 2023. Foi uma conquista do Sindiex e também do setor atacadista e distribuidor, obtivemos essa vitória através de muito diálogo e do apoio do Governo do Estado e da bancada federal”, destacou.
A nível nacional, a balança comercial brasileira registrou superávit recorde de US$ 62,3 bilhões no ano de 2022, com aumento de 1,5% em relação ao ano anterior, quando o saldo foi de US$ 61,4 bilhões. As exportações alcançaram o total de US$ 335 bilhões, maior valor da série histórica, crescimento de 19,3% na média diária exportada em relação a 2021. As importações também apresentaram o maior valor histórico ao somarem US$ 272,7 bilhões, aumento de 24,3%.
Ao longo de 2022, Sidemar Acosta avalia que o Sindiex ampliou os debates internos, por meio de comitês técnicos especializados e divididos por áreas, revisou o estatuto e acompanhou as pautas relevantes para o segmento, como a manutenção das operações de aeronaves, o movimento dos auditores fiscais e a regionalização dos comandos da Alfândega.
As principais pautas que vão ser monitoradas em 2023 envolvem ações de participação na viabilização de novos projetos portuários e na ampliação do relacionamento institucional a nível nacional.
Outra iniciativa que vai continuar neste ano é o projeto E-trânsito, realizado em conjunto com a Alfândega do Porto de Vitória. Trata-se de uma plataforma de monitoramento de cargas em trânsito para o controle de operações aduaneiras, com o objetivo de agilizar o fluxo de cargas, simplificar a rotina, racionalizar os recursos humanos e melhorar o controle fiscal.
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