Futura: 75% dos empresários de rochas do ES estão otimistas com o mercado interno
Uma pesquisa da americana ASCM constatou que 70% dos consumidores dos Estados Unidos estão preocupados com o impacto social e ambiental das empresas com quem fazem negócios– uma prática chamada de corporate social responsibility. Essa nova tendência nos hábitos de consumo, reverberadas mundialmente, está no radar das empresas de rochas ornamentais do Espírito Santo, onde 73% das empresas são voltadas para o mercado externo, diz uma pesquisa da Futura Inteligência, apresentada no encontro Data Business Stone, promovido dentro da Vitória Stone Fair.
O estudo exclusivo da Futura Inteligência, que entrevistou empresas de rochas ornamentais do Espírito Santo, indicou que 88% delas promovem pelo menos uma ação ESG (environmental, social and governance), ou seja, nos âmbitos social, ambiental ou de governança corporativa.
No quesito ambiental, 57% das empresas pesquisadas realizam ações de melhoria ambiental, com destaque para a prática de reflorestamento, reaproveitamento de água e o uso de energia de fontes renováveis.
Nessa área, o destaque é para o reflorestamento, citado por 72% das empresas que tem ações ambientais. 18% delas já adotam a energia solar, seja através de usinas de geração próprias ou a aquisição de energia de fontes renováveis no Mercado Livre de Energia– ambiente onde empresas com alto consumo de eletricidade podem adquirir energia de um fornecedor de escolha própria.
A governança corporativa também tem sido uma área de atenção nas empresas de rochas do Espírito Santo. 64% das empresas tem iniciativas de melhoria de governança, sendo consultoria em gestão, auditoria externa, certificações e treinamentos as principais ações.
Já na área social, 71% das empresas afirmaram realizar algum tipo de ação em benefício das comunidades locais, principalmente no apoio a instituições sociais de educação e saúde.
“Na nossa pesquisa, detectamos que as empresas em sua maioria já tem ações no âmbito ESG. Esse tema se torna cada vez mais relevante porque é um fator que influencia a decisão de compradores dos mercados interno e externo. A principal aposta do setor para 2023, o Oriente Médio, onde estão os Emirados Árabes Unidos, existem mais construções sustentáveis que no Brasil. Nesse sentido as pedras naturais saem ganhando, já que tem uma pegada de carbono 80% menor que os materiais sintéticos”, avalia Heitor Fernandes, diretor-executivo da Futura Inteligência.
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