Shopping Vitória vai investir R$ 7 milhões e se conectar à nova Enseada do Suá
As importações capixabas alcançaram US$ 716 milhões em janeiro de 2023, número que indica um crescimento de 2,4% frente a dezembro de 2022 e 10,5% ante janeiro de 2022, segundo o Instituto Jones dos Santos Neves. Esse é o maior valor para o mês de janeiro desde 2014. O resultado mensal mostra que as importações seguem avançando após um crescimento de mais de 45% no ano passado, quando a atividade movimentou US$ 9,5 bilhões no estado. Atualmente, o Espírito Santo é uma das principais portas de entrada do país e as empresas de comércio exterior reforçam as apostas no potencial do estado.
A maior empresa capixaba do segmento, a Comexport, está de olho no crescimento do mercado de carros elétricos e investiu R$ 10 milhões para receber automóveis importados pelos grupos Líder e Águia Branca por meio do Porto de Vitória. Hoje, a companhia importa cerca de 50 mil veículos pelo estado e, neste ano, a meta é dobrar o volume de negócios.
A Sertrading, trading que também realiza importações pelo Espírito Santo, surfou a alta das importações e dobrou a receita em 2022, chegando a R$ 10,5 bilhões, com um volume de importações de R$ 19 bilhões– número quase cinco vezes maior que o registrado em 2018.
O presidente do Sindiex, Sidemar Acosta, avalia que “a alta nas importações é um forte indicativo de crescimento no mercado interno. Ao longo do ano passado, o Espírito Santo se firmou, inclusive, como o maior importador de aeronaves do Brasil, o segundo maior importador de vinhos e um dos principais estados importadores de veículos e automóveis do país”, pontua.
Olhando para o futuro, o setor de comércio exterior, um dos mais importantes para a economia capixaba, tem motivos para reforçar as apostas no Espírito Santo. Os investimentos em infraestrutura contratados no estado– protagonizados pela iniciativa privada– vão ampliar e tornar mais eficientes as operações de importação e exportação.
“Temos um cenário favorável para seguir com a trajetória de crescimento nas atividades de comércio exterior no Espírito Santo ao longo de 2023. São projetos importantes saindo do papel, envolvimento dos governos, investimentos em logística e interesse cada vez mais forte das empresas em importar e exportar pelo Estado”, pontua o presidente do Sindiex.
O Porto de Vitória, recém privatizado, vai receber cerca de R$ 200 milhões em investimentos privados nos próximos anos, para a recuperação dos acessos ramais ferroviários já existentes no Porto que fazem transporte de produtos importados ou exportados. As obras de recuperação tem o potencial de aumentar a movimentação de cargas no Porto de 8 milhões de toneladas para 15 milhões de toneladas por ano (fertilizantes, automóveis, contêineres, etc)
Além desses R$ 200 milhões, a Autoridade Portuária, VPorts, deve investir mais de R$ 130 milhões em obras obrigatórias previstas no contrato de concessão a partir do segundo semestre deste ano. Até o fim da concessão a concessionária deverá desembolsar cerca de R$ 800 milhões em obras que incluem dragagem, reforma de berços, entre outras melhorias operacionais.
Já em fase de execução, o Porto da Imetame, em Aracruz, também é um marco para a logística capixaba e brasileira. O terminal de águas profundas terá capacidade de receber navios de grande porte que transportam 150 mil toneladas de carga e que, hoje, não operam na costa brasileira. O projeto receberá um total de R$ 3 bilhões em sua primeira fase, que inclui um terminal de cargas e um terminal de contêineres.
Já o Porto Central, um complexo industrial portuário de águas profundas em desenvolvimento em Presidente Kennedy, no extremo sul do Espírito Santo, também quer receber navios de grande calado, para movimentar cargas diversas como veículos, produtos siderúrgicos, petróleo, soja e fertilizantes. O empreendimento será construído em um terreno de 2 mil hectares e demandará um investimento total de R$ 8,5 bilhões.
Passado o pico da pandemia, Andy Jassy, CEO da Amazon, quer apostar pesado na rede física de supermercados e conveniência. Em uma entrevista ao Financial Times, Andy disse: “Estamos esperançosos que em 2023 vamos ter um formato de loja que vamos querer apostar grande,” e completou, “Temos um histórico de fazer muitas experimentações e fazer isso rápido. E depois, quando achamos algo que gostamos, dobramos a aposta, que é o queremos fazer.”
Este era um projeto ambicioso de Bezos que, quando deixou a cadeira de CEO em 2021, transferiu a Jassy a missão de fortalecer a vertical e disse que se manteria engajado pessoalmente no projeto após todo o investimento. O adiamento de planos de expansão mais agressivos nesta vertical causou, somente no último trimestre de 2022, um prejuízo de US$ 720 milhões. Mas como prometeu o novo CEO, 2023 deve vir com força total.
Desde a aquisição bilionária do Whole Foods, em 2017, a estratégia vem derrapando. O faturamento das lojas físicas, incluindo o lançamento da rede Fresh, cresceu apenas 10% e ainda representa cerca de 3,5% do negócio da companhia fundada por Jeff Bezos.Para completar, a Amazon fechou algumas lojas da Amazon Fresh no ano passado e adiou a abertura de outras.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória