Fev 2023
28
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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28
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

“Nossa meta é continuar crescendo acima da média do mercado”, diz Alecsandro Casassi

Em conversa com a coluna Mundo Business, o superintendente de negócios do Sicoob ES, Alecsandro Casassi, falou sobre os setores que mais demandaram crédito em 2022 e as expectativas de crescimento da carteira da cooperativa em 2023.

Mundo Business: Como o crescimento da carteira de crédito do Sicoob ES pode impactar a economia local?

Alecsandro Casassi: O aumento da carteira está alinhado com nossa missão de “desenvolvimento econômico e social das pessoas e comunidade” onde atuamos. Além disso, um dos principais objetivos do cooperativismo de crédito é captar recursos e benefícios de fontes governamentais para fomentar a economia local. Através do crédito entendemos que estamos cumprindo a nossa missão.

MB: Qual foi a importância de outros estados em que o Sicoob ES atua, como Bahia e Rio de Janeiro, para esse resultado?

AC: A carteira de crédito fora do ES, mais especificamente do RJ e BA, está em crescimento, porém a maior parte está concentrada no ES. São mercados bem maiores em volume de crédito, entretanto, onde o cooperativismo não é conhecido e por isso o Sicoob ES tem muito espaço para se desenvolver.

Acreditamos nesses mercados e temos um plano de expansão de agências e de negócios bem definido para os próximos anos.

MB: Quais foram os principais desafios do mercado de crédito em 2022 frente ao momento de Selic alta e quais foram as estratégias do Sicoob para navegar nesse cenário?

AC: Sem dúvida o aumento do custo financeiro está sendo o maior desafio dos nossos associados, pois muitos projetos e empresas não viabilizam com o custo financeiro atual. Para contornar a situação e estar ao lado do associado neste momento, apostamos e buscamos os benefícios dos fundos garantidores disponibilizados pelo governo federal.

Desde o início do programa, já disponibilizamos mais de R$ 1,2 bilhão e atendemos mais de 20 mil associados. Em outra frente estamos ofertando crédito atrelado ao DI, alongando o prazo e a carência e de forma encaixe no fluxo de caixa das empresas.

 

“Sem dúvida o aumento do custo financeiro está sendo o maior desafio dos nossos associados”

 

MB: Quais são as perspectivas para o futuro do agronegócio capixaba com o aumento do crédito rural pelo Sicoob ES?

AC: Estamos passando por  momentos de incertezas no cenário econômico em função de fatores internos e externos e tivemos uma elevação dos custos dos insumos.

Nossa perspectiva é que o agronegócio continue performando bem e que mantenhamos nossa posição de maior aplicador de recursos do Funcafé, para que nossos cafeicultores possam investir em suas lavouras e ter ganhos de produtividade.

Também somos o maior aplicador das linhas agrícolas do BNDES no Estado, que é uma fonte de recursos importante para que o produtor possa investir na modernização e reduzir o custo de produção com mão de obra.

MB: Quais são os segmentos da economia capixaba que mais demandam essas linhas de crédito?

AC: Trabalhamos com público diversificado, além do produtos rural, atendemos empresários de qualquer segmento e tamanho, desde que apresente bons projetos e que se enquadrem nas regras do BNDES.

Entretanto, pela vocação econômica do Espírito Santo e pela demanda do mercado consumidor, temos financiado bastante projetos que buscam modernizar a produção, de redução de consumo ou geração de energia, além de projetos que buscam uma produção mais sustentável com menor impacto no meio ambiente.

MB: Em 2023, quais são as perspectivas para concessão de crédito pelo Sicoob ES? Quais são as estratégias e novos planos?

AC: Nossa meta é continuar crescendo acima da média do mercado. O Banco Central divulgou uma expectativa de expansão de 8,3% do crédito no Brasil [em 2023] e nós, pelo fato de estarmos num processo de crescimento forte da base de associados, e por atuarmos muito próximo dos empresários através da nossa rede de agência, conhecendo a realidade dos negócios, projetamos um crescimento mínimo de 21%.

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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