Tecnologia capixaba economizou R$ 40 milhões em folhas de pagamento de empresas em todo o Brasil
Em 2022, a Wine, clube de vinhos fundado no Espírito Santo por Rogério Salume, registrou receita líquida de R$ 730,8 milhões, o que representa um crescimento de 31,0% ou R$ 173 milhões em relação ao fechamento de 2021. O resultado histórico da companhia veio em um ano em que o mercado brasileiro de vinhos recuou 5% e foi atribuído ao crescimento do clube de assinaturas, que chegou a 366 mil sócios, e ao avanço da receita das vendas B2B – para estabelecimentos como supermercados e restaurantes.
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O Clube Wine, serviço de assinatura de vinhos, fechou o ano de 2022 com 366 mil assinaturas ativas, um aumento líquido de 64 mil novas assinaturas em relação às 302 mil registradas no final de 2021.
O clube é considerado a porta de entrada do consumidor na Wine e estimula compras em lojas físicas e e-commerce. Em média, cada assinante gastou R$ 136, sendo R$ 94 referentes ao clube e R$ 42 em compras avulsas.
Além disso, o segmento Business Offline teve um aumento de 111,4% na receita líquida em comparação com 2021, comercializando quase 15 milhões de garrafas de vinho.
Essa vertical é composta pelas vendas da Wine para outros pontos de revenda, como bares, restaurantes, supermercados, atacadistas, hotéis, entre outros (conhecido como B2B). A receita líquida total desse segmento foi de R$ 304,9 milhões, sendo que a Cantu, adquirida pela empresa em agosto de 2021, agregou R$ 222,4 milhões a esse resultado.
Já o segmento operacional Varejo, que inclui as vendas avulsas feitas online e pelas lojas físicas, representou 22,1% do total da receita líquida da Companhia, totalizando R$ 161,7 milhões em 2022.
A empresa conta com 17 lojas físicas em operação, localizadas em 13 diferentes cidades onde existe uma grande densidade de sócios, abrangendo as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
As vendas realizadas nas lojas físicas em 2022 foram 1,4x maiores do que as realizadas em 2021, e atualmente quase metade dos assinantes são atendidos por lojas da Wine em sua região.
“Desde 2019 investimos para disponibilizar nossos vinhos em todos os canais que o cliente estiver presente, nas lojas, na internet e em outros estabelecimentos comerciais. Essa estratégia proporcionou não apenas um crescimento na receita, mas também na margem, principalmente pelo crescimento do market share”, afirma Alexandre Magno Filho, diretor de relações com investidores da Wine, que destaca o crescimento da margem Ebidta ajustada de 5% para 6,6% entre 2021 e 2022.
Segundo o diretor de RI da Wine, a empresa está atenta ao equilíbrio entre crescimento e bons indicadores financeiros, sobretudo neste momento de alta da taxa básica de juros. O sonho da abertura de capital na bolsa permanece em stand-by.
A companhia não vai acelerar o ritmo de investimentos em 2023 e deve focar em aprimorar a experiência do cliente e tornar as entregas cada vez mais rápidas.
Já a operação da Wine no México, que oferece o clube e está dando os primeiros passos no e-commerce, encerrou o ano com um prejuízo de R$ 7,7 milhões e cerca de 6,5 mil sócios. Segundo Alexandre Magno, a unidade mexicana apresenta um ritmo de crescimento satisfatório e mais avançado que os primeiros anos de operação da companhia no Brasil.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória