Abr 2023
3
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Em 10 anos, Fundo Soberano deve assinar 75 cheques para startups

No primeiro ano de atividade, o Fundo Soberano do ES, que tem R$ 250 milhões disponíveis para investimentos, comprometeu R$ 27 milhões em aportes em 10 startups capixabas e de outras regiões do país, que já trouxeram suas operações para o estado.

Na categoria de investimento direto, que contempla as startups mais maduras e com tíquetes de investimento maiores, o Funses investiu R$ 23,7 milhões, sendo R$ 11 milhões na capixaba Aevo, R$ 6,7 milhões na W.Dental (nacional) e R$ 6 milhões na Houseasy (nacional). A W.Dental trouxe sua operação para Colatina, enquanto a Houseasy se instalou em Vitória.

Já na categoria aceleração com investimento, onde entram as startups em estágio mais incipiente, o Fundo Soberano assinou sete cheques que totalizam R$ 3,3 milhões. As startups contempladas foram Actiz  (R$ 600 mil), Converta (R$ 300 mil), Takeat (R$ 400 mil), Fisarmonica (R$ 500 mil), Switch  (R$ 400 mil), Eva (R$ 800 mil) e Lau (R$ 300 mil).

A aceleração digital, promovida pelo Fundo Soberano em parceria com a ACE, recebeu 222 inscritos e apoiou 44 startups em fase de ideação e que tem grande potencial de crescimento.

Para Marcel Malczewski, CEO da TM3 Capital, que gere os recursos do Fundo Soberano, o primeiro ano de atuação foi considerado positivo.

“O ecossistema de negócios e o governo do Espírito Santo apoiaram o projeto e potencializaram o trabalho do fundo. O ecossistema de startups no estado é maduro, com um grande número de startups de qualidade, o que nos possibilitou sermos muito criteriosos na hora de investir. Todas as startups investidas tiveram avanços consideráveis, seja em número de contratações ou faturamento ”.

Com um balanço positivo após essa primeira etapa, os gestores do Fundo planejam acelerar investimentos em 2023, aumentando o número de startups aportadas e o valor total investido. Em 2023, a projeção é investir em mais 16 empresas, sendo 6 por meio de investimento direto (cheques maiores) e 10 por meio de aceleração com investimento (cheques menores).

Em 10 anos– prazo que inclui os ciclos de investimento e desinvestimento das startups–, o Fundo Soberano tem a meta de acelerar digitalmente 500 empresas, além de investir diretamente em 25 e investir com aceleração em 50.

Mesmo operando em um mercado de risco, a TM3 acredita que os critérios rígidos de seleção das empresas vão proporcionar retornos significativos para o Fundo Soberano.

“Diferente do mercado Venture Capital tradicional, que geralmente investe em várias startups com a expectativa de que uma ou duas delas tragam retorno financeiro, nossa gestão tem uma abordagem diferente. Temos uma visão muito seletiva na hora de escolher as empresas e fazemos um acompanhamento cuidadoso após o investimento. Por isso, acreditamos que cada empresa investida é única e tem um grande potencial de sucesso, seja um sucesso singelo ou estrondoso”, completa Malczewski.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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