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O pedido do Governo Federal para a Petrobras suspender a venda de ativos no início de março deste ano foi uma notícia amarga para as ´junior oils´, as petroleiras de menor porte, que atuam no Espírito Santo. Muitas dessas empresas compraram poços em terra da Petrobras para investir e expandir a produção e ainda vivem um momento de incerteza. Um dos principais preocupados com a suspensão é a Seacrest Petróleo, que havia levantado US$ 260 milhões na bolsa norueguesa para bancar a aquisição do Polo Norte Capixaba, localizado entre Linhares e Jaguaré, que pertencia à Petrobras. Porém, com o anúncio da conclusão do negócio entre a Seacrest e a Petrobras na manhã de ontem, as petroleiras independentes têm um horizonte mais otimista pela frente, na avaliação do banco Goldman Sachs.
Em comunicado divulgado ontem, a Petrobras anunciou que a venda da totalidade do Polo Norte Capixaba à Seacrest foi concluída com o pagamento à vista de US$ 426,65 milhões (cerca de R$ 2,1 bilhões) para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato.
O valor recebido hoje se soma ao montante de US$ 35,85 milhões pagos à Petrobras na assinatura do contrato realizada em fevereiro.
Além desse montante, é previsto o recebimento pela Petrobras de até US$ 66 milhões em pagamentos contingentes, a depender das cotações futuras do barril de petróleo.
Com a conclusão, a Seacrest assume em definitivo a operação do Polo e a sua infraestrutura de produção.
Ainda de acordo com o comunicado da Petrobras, o Polo Norte Capixaba responde por 3,3% da produção da Petrobras no Estado do Espírito Santo, e “sua transferência não impacta as demais atividades da Petrobras na região”.
Isso porque a estatal mantém operações em campos em águas profundas, com destaque para o Parque das Baleias, além de 7 áreas exploratórias, que tem uma produção muito superior à dos campos em terra. No Parque das Baleias, por exemplo, a Petrobras chegou a produzir 222 mil barris de petróleo por dia.
A produção média do Polo Norte Capixaba no primeiro trimestre de 2023 foi de aproximadamente 4,6 mil barris de óleo por dia e 21,8 mil m³ de gás natural por dia.
E esses números devem crescer com os investimentos da Seacrest.
As petroleiras independentes, que têm uma estrutura de custos mais enxuta, multiplicaram a produção em poços maduros “abandonados” pela Petrobras– gerando mais empregos e movimentando a cadeia de fornecedores locais. O campo de Cricaré, comprado pela Seacrest há dois anos, viu sua produção diária de óleo triplicar desde então.
Para o Goldman Sachs, a conclusão do negócio no Espírito Santo é um bom sinalizador para outras petroleiras independentes que negociam a compra de ativos da Petrobras, como a 3R.
“Acreditamos que este anúncio é uma indicação de que a Petrobras está avançando com as transações assinadas e é uma leitura positiva para 3R, pois remove, pelo menos parcialmente, a incerteza em torno dos processos de desinvestimento da estatal. Ressaltamos que a 3R firmou a transação com a Petrobras para a aquisição do polo Potiguar”, afirmou o banco em nota.
No Espírito Santo, a BW Energy espera ter um desfecho similar à Seacrest. Em junho de 2022, a companhia assinou a aquisição da totalidade dos campos de Golfinho e Camarupim, 65% do bloco offshore BM-ES-23 e a plataforma flutuante (FPSO) Cidade de Vitória. A transação ainda aguarda um desfecho
O Subway contratou o JP Morgan para achar um comprador para o negócio num valuation de US$ 10 bilhões. Segundo a Bloomberg, a Roark Capital, uma gestora de private equity com sede em Atlanta, está entre os potenciais compradores. A Roark já investiu em redes como o Dunkin’ Donuts, Carl’s Jr., Arby’s, e a rede de sorveterias Carvel.
Fundada em 1965 nos Estados Unidos, a Subway opera tanto com restaurantes próprios quanto com o modelo de franquias. A rede, uma das maiores marcas de fast-food do mundo, possui mais de 37.000 lojas em mais de 100 países.
Há mais de cinco décadas, a empresa é de propriedade das duas famílias fundadoras, os DeLuca e os Buck. Em 2019, pela primeira vez na história, o Subway trouxe um CEO de fora das famílias para tentar o turnaround do negócio.
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