Maio 2023
31
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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De "7 às 7" a "24 por 7": entenda a estratégia da Sipolatti

Desde que Cláudio Sipolatti, um dos sócios da companhia, passou o comando da varejista para um executivo de mercado — trata-se de Fábio Regis, que já passou por gigantes como Ponto Frio, Vivo, Philips e Carrefour — a empresa tem reforçado seus investimentos na transformação digital com o objetivo de ganhar competitividade e aumentar o faturamento em 50% em até três anos.

Hoje, sua área de e-commerce cresce mais de 100% ao ano, de acordo com o diretor de tecnologia Francisco Peres. Um ponto fora da curva em um setor que tem no Brasil e no mundo, precisado se esforçar — e se renovar — para crescer.

“Estamos no processo de transformação para ter um grau de conhecimento maior do cliente”, explica Fábio Regis, CEO da Sipolatti. “Se conseguirmos entregar para o nosso cliente com rapidez e conveniência, tenho capacidade de ganhar sua fidelidade mesmo em um momento em que o varejo está em um momento de competição acirrada”.

Um de seus principais projetos nesse momento é o desenvolvimento de doisaplicativos para dispositivos móveis: aplicativo do cliente, aplicativo do vendedor, além de um totem com catálogo digital, que estão à cargo da GlobalSys.

O objetivo com os aplicativos, que estão em processo de homologação, é trazer conhecimento mais profundo sobre os clientes e seus hábitos de consumo, além de proporcionar um atendimento mais personalizado — e mais eficiência na entrega e montagem dos produtos.

Antes conhecida pelo funcionamento “7h às 7h”, o novo modelo de atendimento da Sipolatti será “24h por 7h”, onde o cliente terá acesso à loja em qualquer horário do dia, independente das lojas físicas e de onde ele estiver.

“Com o app do cliente, vamos poder entender de forma mais completa os hábitos de consumo dos clientes e se comunicar com eles de forma mais assertiva, impulsionando o potencial do e-commerce. O app do lojista vai fornecer ao vendedor informações que ajudarão em uma venda mais assertiva, além de centralizar nele toda a jornada de venda, desde a escolha do produto até o pagamento”, explica Beto Yunes, diretor de operações da GlobalSys.

Atualmente o e-commerce representa 5% do faturamento da companhia. No entanto, com esses investimentos, a expectativa é que esse a participação chegue a cerca de 10% até o fim do ano.

Além do desenvolvimento dos apps, a Sipolatti também passa a contar com apoio do SAP, um dos sistemas de gestão mais avançados do mercado, e da VTEX, uma das principais plataformas de e-commerce do mundo.

Uma outra parceria relevante nessa fase é com a Summerlog, que passa a operar a logística desde o abastecimento das lojas até a última milha.

“O desafio da transformação digital da Sipolatti é bem similar ao da Reserva, que também atua no segmento de varejo, onde atuamos na implementação do e-commerce. Um dos pontos de maior sucesso foram as vendas nominais– com códigos de desconto que também podem ser utilizados nas lojas físicas. Esse dispositivo também será implementado na Sipolatti buscando a fidelização dos clientes”, completa Beto.

Varejista reforça investimentos contra hackers e fraudes no digital

Para dar sustentação a essa operação de aplicativos e novos sistemas, a Sipolatti contratou uma outra empresa: a VipRede, que opera os servidores da empresa em nuvem e é responsável pela segurança digital do empreendimento.

“Quando a empresa amplia o número de sistemas que utiliza e passa a ter maior presença digital, também crescem os riscos de ataques hackers e fraudes que podem trazer prejuízos e comprometer a continuidade do negócio. Esse é um problema gravíssimo para o setor varejista que iremos combater”, afirma Giuseppe Feitosa, sócio-fundador da VipRede.

A Sipolatti também tem novos planos para as lojas físicas. Inclusive, quer redesenhar seus layouts para serem mais atraentes e interativos, com foco em otimização do número SKUs (unidades de estoque), proporcionando mais ambientações e menos “paredões” de produtos.

Para o futuro próximo, Regis vê a oportunidade de expandir a operação para áreas vizinhas, como o norte do Rio de Janeiro, leste de Minas Gerais e sul da Bahia. Apesar da economia estar em um momento desafiador, sobretudo para as varejistas– que viram as vendas recuarem 7,7% no primeiro trimestre, segundo a Stone– o CEO projeta um crescimento orgânico de dois dígitos neste ano.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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