O Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo avançou 2,5% no 1° trimestre de 2023 com relação ao mesmo trimestre de 2022, enquanto o Brasil cresceu em ritmo mais acelerado, de 4%. As informações foram divulgadas ontem (03) pelo Instituto Jones dos Santos Neves. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior (4° trimestre de 2022), o crescimento do Espírito Santo foi de 4,5% com o ajuste sazonal, enquanto o país cresceu 1,9%. Com esse resultado, o PIB nominal acumulado em quatro trimestres chegou ao maior patamar da série histórica, de R$ 181,6 bilhões.
O crescimento de +2,5% foi influenciado pela expansão de +9,9% do comércio varejista ampliado e de +8,8% dos serviços. Os destaques vão para o crescimento da venda de veículos, motocicletas e peças (+17,6%) e dos transportes (11,4%).
Para o presidente da Fecomércio, Idalberto Moro, a atividade aquecida no comércio interestadual e no turismo influenciou a variação positiva dos segmentos de comércio e serviços.
“Temos uma conjugação de fatores positivos que propiciaram o crescimento dos setores de comércio e serviços. No comércio, temos uma melhora das atividades de e-commerce e distribuição, além do varejo. Também registramos um crescimento grande do turismo neste ano: hotéis tiveram ocupação recorde e o movimento rodoviário e de aeroportos cresceu”, afirmou Idalberto.
“Tenho otimismo para os setores nos próximos trimestres já que temos inflação controlada e expectativa de redução de juros”, completou o presidente da Fecomércio.
O resultado do PIB foi contrabalanceado pela redução de -2,9% da indústria geral, onde o segmento de transformação retraiu 11,5%, enquanto o segmento extrativo cresceu 2,3%.
Por fim, os resultados esperados para as principais culturas da agricultura capixaba mostram que há expectativa de aumento na produção em cinco e queda em outras cinco: Café Conilon (-9,7%), Café Arábica (-17,4%).
Com esse resultado, o PIB nominal do estado chegou a R$ 181,6 bilhões no acumulado em 12 meses. Nos três anos que se passaram entre o 1° trimestre de 2020 e o 1° trimestre de 2023, o PIB nominal do estado avançou 32%.
“Nesse resultado temos a contribuição de fatores estruturais: a economia do estado é equilibrada, temos incentivos para a atração de investimentos e ampliação de empreendimentos já estabelecidos. O investidor de fora vê no estado um alto nível de previsibilidade e segurança para aportar investimentos”, afirma Pablo Lira, presidente do Instituto Jones dos Santos Neves.
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