Empreendimento boutique no novo miolo da Praia do Canto terá valor de vendas de R$ 40 milhões
A Futurai- startup capixaba de inteligência artificial que antecipa falhas em operações industriais- deve concretizar nas próximas semanas a parceria mais relevante de sua história com uma indústria em Aracruz e estuda a possibilidade de internacionalização. No ano passado, a Futurai iniciou uma fase de crescimento após a participação no reality show Espírito Startups, transmitido na TV Vitória, e a conclusão de uma rodada de captação de R$ 600 mil da Placas do Brasil, Apex e Timenow.
Logo após concluir a rodada de captação de R$ 600 mil, que foi formalizada em agosto do ano passado, a Futurai ganhou força no mercado e emplacou um case de sucesso na BO Paper, fábrica paranaense de papel, com uma economia estimada em R$ 10 milhões.
Após este avanço, a Futurai começou a implementar sua tecnologia na Placas do Brasil. “Normalmente, a indústria precisa de um banco de dados chamado de historiador, que é custoso e financeiramente viável apenas para grandes indústrias. O nosso sistema atende a essa necessidade e é democrático, podendo ser aplicado em qualquer indústria de pequeno ou grande porte”, afirma o CEO.
Mas a grande virada de jogo para a startup capixaba veio com a recente parceria com a maior indústria que possui uma unidade em Aracruz.
A Futurai, que até o momento operava com um time de cinco pessoas, pretende dobrar este número ainda neste mês. “A receita quadruplicou de janeiro para cá e atingimos o Ebitda [lucro antes de juros, impostos e amortização] positivo no primeiro ano de operação”, afirma Lobo.
Com o objetivo de alavancar ainda mais o crescimento, a Futurai planeja uma nova rodada de captação de recursos, na qual espera ser avaliada em R$ 20 milhões. Além disso, a empresa também está estruturando sua internacionalização, que deve se iniciar por Portugal.
Apesar do sucesso rápido, a inteligência artificial da Futurai levou cerca de cinco anos para chegar ao estágio de maturidade. “Não entregamos uma IA de prateleira. Empenhamos cinco anos de trabalho para a tecnologia para chegar a esse ponto, reunindo programação, conhecimento de processos industriais e aplicação de artigos científicos. É um produto maduro pronto para crescer”, conclui Lobo.
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