A Cesan pisou fundo no acelerador e acaba levantar financiamentos para ampliar investimentos em água e esgoto, com foco em reduzir o prazo para a universalização do saneamento básico no Espírito Santo. Os empréstimos provenientes da Caixa Econômica Federal e do Banestes vão totalizar quase R$ 400 milhões. Uma parte do financiamento será destinada para mais de 20 obras ao redor do estado e uma fração maior será investida em uma Estação de Tratamento de Água em Vila Velha.
Ontem (13) a Cesan assinou um empréstimo de R$ 100 milhões com o Banestes– um dos maiores contratos do banco capixaba para uma única empresa em sua história– e vai assinar em breve um contrato R$ 50 milhões com a Caixa Econômica. Ambas são linhas de capital de giro, que podem ser livremente alocadas pela estatal.
Esses recursos vão acelerar a execução de mais de 20 de obras de saneamento em todo o estado. São elas: Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) Atílio Vivacqua, SES Anchieta Centro, SES Muqui, SES Rio Novo do Sul, Estação de Tratamento de Água (ETA) Iriri, Sistema de Abastecimento de Água (SAA) Marechal Floriano, Complementação do SES Ponta da Fruta, SES Iriri, SES Vila Verde, SES Vila do Mais e Vila da Paz, SES São José do Calçado, SES Fundão Sede e Bairro Floresta e Unidades de Tratamento de Resíduo: Cotaxé e Prata do Baianos, Cristal do Norte, Braço do Rio, Dores do Rio Preto, Muqui e Rio Novo do Sul.
Um outro financiamento na ordem de R$ 248,9 milhões da Caixa está em fase de homologação e vai bancar a Estação de Tratamento de Água de Caçaroca, em Vila Velha.
Segundo o presidente da Cesan, Munir Abud, ao adiantar as obras ao redor do estado com a aplicação do capital de giro, a companhia terá maior capacidade de investir na Grande Vitória. Com isso, a meta de universalização do saneamento na Região Metropolitana, antes prevista para 2027, deve ser adiantada para 2026.
“Estamos alavancando a companhia dentro limite máximo que a lei permite, cientes de que se trata de um risco baixo dada a receita recorrente e estável que esses investimentos geram. Em resumo, estamos tirando a companhia da zona de conforto e acelerando as metas de universalização de saneamento básico no Espírito Santo”, afirmou.
Além desses empréstimos, a Cesan prepara para o ano que vem três operações de debêntures (uma modalidade de emissão de dívida no mercado) que variam de R$ 350 milhões a R$ 500 milhões, totalizando R$ 1 bilhão.
Soma-se ao pool de investimentos da Cesan para os próximos anos o Programa de Parcerias Público-Privadas, que deve sair do papel em breve, e os investimentos com recursos próprios.
Segundo Munir Abud, um estudo atualizado da Fundação Getúlio Vargas estima que as PPPs devem atrair R$ 7 bilhões de investimentos da iniciativa privada para o saneamento básico no Espírito Santo. Os aportes com recursos próprios adicionam mais R$ 3 bilhões.
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