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A capixaba Agridrones Solutions foi considerada pela DJI– empresa chinesa que tem três quartos do mercado global de drones civis– a maior distribuidora de drones agrícolas das Américas, com um terço da fatia de mercado do continente. Atualmente, o drone é uma das tecnologias mais promissoras para o agro brasileiro e o número de equipamentos em operação deve triplicar e chegar a 10 mil em cinco anos. Acompanhando o crescimento do mercado, a Agridrones espera se tornar uma das principais distribuidoras ligadas a DJI no mundo em pouco tempo.
Os drones agrícolas não são nada como drones de recreação ou de fotografia e filmagem– que tem uma envergadura por volta de 30 cm e pesa 250g. Aqui estamos falando de helicópteros em miniatura. A maior versão do drone de pulveirização agrícola da DJI é vendida no Brasil por cerca de R$ 200 mil, mede 3,5m e tem uma carga útil de até 50kg.
A Agridrones começou a importar drones agrícolas pelo Porto de Vitória há três anos, apoiando a DJI na abertura de mercado no país. Em pouco tempo, a empresa capixaba formou uma rede de mais de 50 de revendedoras em todas as regiões do Brasil, com prevalência no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e sete unidades operacionais ao redor do país.
Atualmente, o drone agrícola de pulveriziação de defensivos é considerado uma das tecnologias mais promissoras para o agronegócio brasileiro e um aliado para lidar com questões como escassez de mão de obra, sustentabilidade e produtividade.
“O drone agrícola traz mais eficiência para o agricultor em todos os aspectos. Eles têm melhor eficiência na aplicação, reduzindo o consumo de água na aplicação de defensivos agrícolas de 400 litros para 10 a 15 litros por hectare. Além disso, os drones evitam problemas graves como amassamento da plantação e exposição prolongada de trabalhadores aos defensivos”, afirma Valdicimar Mattusoch, sócio-fundador da Agridrones.
Ao redor do Brasil, drones são cada vez mais demandados em culturas como soja, algodão, cana-de-açúcar e até pastagens. No Espírito Santo, os produtores de café são os principais interessados na tecnologia, já que esses equipamentos trazem mais eficiência para operação em relevos acidentados.
Essa tendência de crescimento da tecnologia no campo leva a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA). a projetar que o número de drones de pulverização em operação no Brasil deve saltar dos 2,5 mil, estimados na metade de 2022, para cerca de 10 mil aeronaves até 2028. E o Espírito Santo terá um papel central nesse avanço.
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