Tecnologia capixaba que reduz emissão de particulados será exportada
Em expansão para o Sul do país, a Apex Partners, junto ao Folha Business e a Rede Vitória, promoveu o Encontro Agro Business em Londrina, no Paraná, na última quinta-feira, dia 29 de junho. Em pauta, o futuro do agronegócio na região e no país. Cerca de 300 empresários e produtores do agronegócio se reuniram para discutir as tendências do agronegócio, como mercado de capitais, tecnologias emergentes e sustentabilidade. Esse evento marca a expansão da Apex para o Sul do país após a combinação com a paranaense Forever Capital, que deu origem a uma plataforma de investimentos e soluções financeiras com mais de R$ 5 bilhões em ativos sob cuidado.
Durante o Encontro Agro Business Londrina, o diretor executivo da Futura Inteligência apresentou uma pesquisa exclusiva que detalhou o panorama do agronegócio paranaense.
De acordo com levantamento do instituto de pesquisa, o Paraná apresentou um PIB de R$ 193 bilhões no primeiro trimestre deste ano, sendo que o agronegócio representa 34% dessa cifra.
Segundo o estudo, os paranaenses possuem uma percepção majoritariamente positiva sobre o agronegócio: 95% acreditam que a atividade ajuda a impulsionar a economia e 89% avaliam que é um setor relevante para geração de empregos e inovação tecnológica.
Um dos painelistas do evento, o vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, evidenciou as similaridades e parcerias feitas entre o setor produtivo do Paraná e do Espírito Santo. “São estados irmãos”, disse.
“Compartilhamos similaridades com o Paraná, como o cooperativismo e uma agricultura forte de base familiar. Recebemos uma indústria de Café Cacique, que é original de Londrina. E o participamos do fundo soberano administrado pela TM3, que é uma gestora paranaense. O Paraná é um estado que nos inspira”.
O head de agronegócio da Suno, Octaciano Neto, que já foi titular da Secretaria de Agricultura do Espírito Santo, falou sobre uma das principais alavancas de crescimento do agronegócio para os próximos anos: o mercado de capitais.
Ele calcula que daqui uma década, quando o agronegócio brasileiro tiver uma demanda de crédito na casa de R$ 1,5 trilhão ao ano, o mercado de capitais (leia-se: Fiagro, CRAs, bolsa de valores) deverá ser responsável pela metade desse volume.
Hoje, a maior parte do financiamento do agronegócio vem de bancos e dos varejistas– o mercado de capitais fornece apenas 10% do volume total.
“O mercado de capitais viabiliza o financiamento de longo prazo para as empresas, melhorando o fluxo de caixa e permitindo que elas cresçam. Já temos ótimos exemplos no Brasil de empresas que acessaram o mercado de capitais, como Suzano e Klabin. O maior investimento no estado do Paraná nos últimos anos, por exemplo, foi feito pela Klabin. O mercado de capitais permite que o dinheiro fique investido por muito mais tempo, tornando essa opção mais fácil. Ou seja, é a poupança dos brasileiros que está financiando o agronegócio, e esse movimento vai ser ainda mais relevante”, explica Octaciano.
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