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Além de movimentar quase 1 milhão e meio de passageiros no primeiro semestre deste ano – o que representa uma recuperação de 98% no número de voos em relação ao mesmo período de 2019 – antes da pandemia, o Aeroporto de Vitória vive um momento de expansão das operações offshore. Essas operações realizadas com grandes helicópteros levam e trazem funcionários que trabalham embarcados em plataformas de petróleo e são essenciais para o funcionamento dessa indústria.
Os dados dos primeiros seis meses de 2023 reforçam a expansão do offshore no Aeroporto de Vitória, que registrou um aumento de 12% no número de voos deste tipo comparado com o primeiro semestre do ano passado.
Esse tipo de operação responde por boa parte do tráfego no terminal: no último mês de junho, um a cada quatro voos no Aeroporto de Vitória foram de offshore.
Somente este ano duas operadoras aéreas de offshore começaram a atuar no aeroporto de Vitória. Omni e Bristow se juntaram a Líder e agora as empresas de óleo e gás, como Petrobras e Shell, contam com três opções de transporte para as plataformas, o que aumenta a competitividade.
A mais recente, a Bristow- uma das maiores operadoras de offshore do mundo, com sede nos Estados Unidos-, começou a operar em Vitória no início de julho com 3 helicópteros. Já a Omni, começou a operar no Espírito Santo no início deste ano.
“Nossos investimentos na expansão das operações offshore no Aeroporto de Vitória fazem parte do compromisso da Zurich Airport Brasil de desenvolver as locais onde atua. Administramos o aeroporto na capital de um estado onde os negócios relacionados ao petróleo ocupam um lugar de protagonismo na economia, por isso faz todo sentido utilizar nossa infraestrutura e expertise para fortalecer esse setor”, pontuou Ricardo Gesse, CEO da Zurich Airport Brasil.
O avanço dos prestadores de serviços da indústria de petróleo e gás no Espírito Santo acompanha o bom desempenho do setor. Até 2027, as petroleiras vão investir R$ 8 bilhões em projetos no Espírito Santo, segundo projeção da Findes.
As companhias de offshore operam no Espírito Santo com os maiores e mais caros helicópteros civis do mundo, de fabricantes como Sikorsky e Leonardo (antiga Agusta) para levar e trazer trabalhadores embarcados em plataforma de petróleo.
O maior helicóptero em operação em Vitória, o americano Sikorsky S-92, pode transportar até 19 passageiros, pesa 7 toneladas e tem autonomia para voar até 1000 km com apenas um tanque- números comparáveis a jatos particulares. É um dos maiores helicópteros civis do mundo e é a opção de transporte de 12 chefes de estado. Um S-92 novo custa mais de R$ 100 milhões (27 milhões de dólares).
Outro modelo frequente em operações offshore no Espírito Santo é o Agusta AW139, que transporta até 15 passageiros e pode custar até R$ 60 milhões (12 milhões de dólares).
Com aeronaves altamente tecnológicas que têm capacidade para voar nas mesmas condições que voos comerciais, a operação torna-se altamente segura. Todas as aeronaves dessas operadoras podem operar por instrumentos, ou seja, ao contrário de helicópteros comuns, possuem piloto automático e não dependem de condições climáticas perfeitas para cumprir uma viagem em alto mar.
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