Ago 2023
30
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Ago 2023
30
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Entrada de novas redes pode alterar dinâmica do setor supermercadista no Espírito Santo

Ainda em agosto, o Assaí abriu as portas de sua primeira unidade no Espírito Santo: uma loja de 5 mil m2 em Planalto de Carapina, na Serra. Agora, a rede decidiu abrir uma loja na capital.

A loja de Vitória, que terá 13 mil m2 de área construída, será uma obra rápida e deve abrir para o público ainda no verão. A unidade terá 30 caixas, açougue, padaria e empório, além das tradicionais seções de varejo e atacado.

O Assaí, listado na bolsa brasileira como ASAI3, é uma das maiores redes de atacado e varejo do país com mais de 270 unidades, 70 mil funcionários e um valor de mercado de mais de R$ 16 bilhões. No ano passado, o grupo faturou quase R$ 60 bilhões.

Na avaliação do superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (ACAPS), Hélio Schneider, a entrada de novas redes varejistas e atacadistas no Espírito Santo aumenta a competitividade do setor e beneficia os consumidores.

“O varejo de alimentos muda constantemente ao redor do mundo, seja pelo avanço da tecnologia ou pelo aumento da concorrência. Com isso, o setor de reinventa com novos modelos de negócio, novos serviços e diferentes formatos de loja. A chegada de varejistas e atacadistas de fora do estado não é novidade– vimos o movimento recente dos Supermercados BH, por exemplo– e esse movimento traz mais competitividade e beneficia o consumidor. Entendemos de forma negativa a concentração do mercado e as redes locais estão preparadas para competir e defender seu espaço”, afirma Schneider.

Apesar dos benefícios para o consumidor citados pelo superintendente, entendemos que a expansão do Assaí no Espírito Santo deve impactar a dinâmica do setor supermercadista no curto prazo.

Isso porque, ao movimento da entrada do Assaí, se soma à entrada de grandes redes nacionais. Dentre elas, a Rede BH, a quinta maior do Brasil, com R$14 bilhões de faturamento, que adquiriu o EPA e o OK nesse ano; o Atacadão, do Grupo Carrefour, que abriu unidade na Serra; e o Top Max Atacarejo, que também tem unidade na Serra.

Diferente de quando o Walmart e o Sams Club entraram na região, há alguns anos atrás, com modelos de  negócio “importados”, essas redes detém maior expertise e base de dados sobre o perfil do consumidor brasileiro e capixaba. E disputam justamente o nicho de mercado em que os supermercadistas locais mais apostam: os atacarejos, em franca ascensão pelo país.

No nosso entendimento, a entrada dessas grandes redes do “atacarejo” nacional deve “comprimir as margens” de redes regionais (lê-se: reduzir o lucro, que nesse setor já é apertado, em torno de 2% a 3% do faturamento).

Isso porque a estratégia de chegada desses players em novas praças com alto grau de competitividade — como é o nosso caso — normalmente envolve certa agressividade nos preços e políticas de bônus, clubes e benefícios.

Além disso, pelo tamanho das duas empresas, pode-se afirmar que elas possuem condições mais favoráveis de negociação com fornecedores e estratégias de verticalização, como produção própria de alguns insumos, o que lhes confere maiores margens de lucro em determinados produtos e mais flexibilidade na formação do preço desses produtos.

Para competir, os supermercados capixabas podem ser pressionados por parte de seus consumidores a ajustar preços — em especial aqueles que dependem mais do consumidor de classe média-baixa, mais sensíveis ao preço.

Não nos surpreenderia se víssemos no médio prazo mais movimentos de consolidação (lê-se: compra de empresas menores por empresas maiores) de redes locais por redes nacionais.

Ou ainda, um movimento mais forte de redes regionais de grande porte adquirindo supermercados de pequeno porte (“de bairro”), que tem ainda mais dificuldade de fazer a conta fechar nesse cenário; ou até mesmo alterando a estratégia para disputar espaço para estar cada vez mais mais perto de um consumidor cada vez mais “premium”.

 

Postado Agora

BW Energy conclui aquisições offshore no ES I

A BW Energy completou hoje a aquisição dos polos Golfinho e Camarupim da Petrobras por US$ 75 milhões e assumiu a propriedade e a operação de aproximadamente 10.000 barris de produção diária de petróleo, com um potencial considerável de valorização a longo prazo proveniente de acumulações comprovadas de gás.

Postado Agora

BW Energy conclui aquisições offshore no ES II

Após a conclusão, a BW Energy detém 100% de participação efetiva  nos polos Golfinho e Camarupim e 65% de participação no bloco BM-ES-23. O encerramento da transação ocorreu após um período de produção estável de petróleo depois da retomada das operações do FPSO Cidade de Vitória, após reparos e melhorias.

Postado Agora

BW Energy conclui aquisições offshore no ES III

A estimativa interna da empresa é de 38 milhões de barris de óleo equivalente (boe) de recursos recuperáveis comprovados, predominantemente petróleo, dos quais 19 milhões de boe já foram desenvolvidos e estão em produção e 19 milhões de boe ainda não foram desenvolvidos. A BW Energy identificou ainda 20 bilhões de metros cúbicos de acumulações recuperáveis de gás para potencial desenvolvimento futuro.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas