Set 2023
3
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Reestruturação da dívida alonga prazos e traz economia de até R$ 12 milhões por ano, afirma André Chieppe

A primeira emissão de debêntures da EBEC sobre controle da VIX– a 4ª emissão da história da EBEC– no valor de R$ 200 milhões, foi destinada para antecipar o pagamento da 2ª emissão de debêntures e quitar algumas dívidas bancárias. Já a segunda emissão sob controle da VIX– a 5ª emissão da história da EBEC– será destinada para antecipar o pagamento da 3ª emissão de debêntures da história da companhia mineira.

A estratégia é fácil de compreender e André Chieppe, diretor de finanças e RI da companhia explica: “A VIX, uma organização consolidada com robusto acesso ao mercado de capitais, conta um rating de crédito elevado de AA-, muitos níveis acima ao que a EBEC possuía, BB. Isso resultou em condições mais favoráveis de financiamento, substituindo a taxa de CDI mais 4,5% a 5% ao ano para CDI + 2,6% ao ano”.

Essa redução do prêmio de risco (ou juros acima da taxa livre de risco) resultará em uma economia de R$ 11 milhões a R$ 12 milhões por ano com custo financeiro. “O ganho será diretamente incorporado ao resultado da VIX”, afirma Chieppe.

Além disso, a extensão do prazo da dívida foi um ponto alto da reestruturação financeira. Anteriormente, quase metade da dívida da EBEC tinha vencimento a curto prazo, que no mercado financeiro significa prazo inferior a um ano. Com a reestruturação conduzida pela VIX, praticamente 100% da dívida foi realocada para o longo prazo, aumentando a duração da dívida para de seis anos.

Por fim, em relação às garantias, a abordagem adotada também mudou. Enquanto anteriormente a maioria das garantias estava atrelada à alienação de veículos e compromissos pessoais dos sócios, agora a VIX avança com uma estratégia que não requer qualquer tipo de alienação.

“Esse movimento garante uma melhor saúde financeira para a empresa e um balanço mais saudável, eliminando o passivo de curto prazo. Agora a EBEC tem mais tranquilidade para fazer investimentos sem necessidade de ir ao mercado para captar mais recursos, para amortizar dívidas antigas ou para fazer rolagem da dívida”, analisa Chieppe.

Daqui para frente, a estratégia da VIX é seguir integrando a EBEC à sua vertical de gestão e terceirização de frotas, a Let´s, e incorporar o conhecimento que a empresa possui no mercado de picapes 4×4.

O diretor de finanças do Grupo Águia Branca olha para um crescimento mais moderado da companhia até 2024 por conta das taxas de juros ainda restritivas para novos investimentos. “Trabalhamos com a hipótese de Selic por volta de 10% no ano que vem, que ainda é um nível que não permite um crescimento agressivo”, conclui Chieppe.

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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