O Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo avançou 0,3% no 2° trimestre do ano. Nos primeiros seis meses do ano acumulou uma alta de 2,5%, quando comparado ao mesmo período de 2022. As informações foram divulgadas pelo Instituto Jones dos Santos Neves nessa terça-feira (05). A atividade econômica estadual cresceu em todas as bases temporais avaliadas. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a alta foi de 2,4%, enquanto o país cresceu 3,4%. Já no acumulado dos últimos quatro trimestres, o crescimento chegou a 0,9%, enquanto o Brasil cresceu em ritmo mais acelerado, de 3,2%. Nos últimos quatro trimestres, o PIB capixaba atingiu o maior patamar da série histórica: R$ 184,7 bilhões.
O crescimento de 2,5% no acumulado do ano foi influenciado pela expansão de 8,9% do setor de serviços e do comércio varejista, que cresceu 9,7%.
Os destaques vão para o crescimento de 21,8% nas vendas de veículos, motocicletas e peças automotivas. Um dos motivos apontados pelo presidente do IJSN, Pablo Lira, para o aumento das vendas de veículos no Brasil foi a medida adotada pelo governo federal de redução de tributos para carros populares de até R$ 120 mil.
“No segundo trimestre, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos populares movimentou um crescimento no comércio de automóveis, peças e componentes. Isso não impulsionou apenas as vendas, mas também a geração de empregos. No primeiro semestre de 2023, registramos o maior crescimento acumulado de empregos no setor de serviços, com destaque para os serviços automotivos, que também contribuíram para o crescimento positivo”, disse Lira.
A expansão do setor de serviços foi puxada pelo aumento de 12,6% dos serviços profissionais, administrativos e complementares e de 10,5% de transportes, serviços auxiliares e correio.
Embora em menor magnitude, a expansão de 0,5% da Indústria geral também contribuiu positivamente para o resultado. Na produção industrial, a expansão de 6,9% da indústria extrativa foi suavizada pela retração de -9,7% da Indústria de transformação.
“A retração de 9,7% na indústria de transformação foi puxada pela queda de produção de celulose, minerais não metálicos e metalurgia. No entanto, esse é o segundo trimestre de crescimento da indústria extrativa após alguns trimestres de queda. Esse é um bom sinal, aliado para as perspectivas de crescimento para esse segmento até o final do ano, com novos investimentos de grandes empresas neste setor”, explicou o diretor de Integração do IJSN, Antonio da Rocha.
Com esses resultados, o PIB capixaba foi estimado em R$ 50,3 bilhões no segundo trimestre de 2023, totalizando R$ 184,7 bilhões nos últimos quatro trimestres.
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