Set 2023
13
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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“Espírito Santo pode ser uma peça-chave para a transição energética”, diz Guedes

Da mesma forma que a UVV foi pioneira no curso de engenharia do petróleo no país, a Universidade quer estrear o MBI (Master in Business Innovation, uma evolução do conhecido MBA) na área de transição energética– nome dado para o movimento de substituição da matriz energética mundial por fontes limpas e renováveis– com o apoio de Paulo Guedes.

“O principal desafio para a transição energética é o capital humano. Esse movimento exige muito treinamento e sofisticação em toda a cadeia produtiva.  Encontrei na UVV um parceiro ideal para criar um MBI em transição energética para que o Brasil possa liderar esse movimento com a produção de energia limpa e hidrogênio verde”, explicou Guedes.

Para o recém-empossado chanceler da UVV, o Espírito Santo pode ser uma peça-chave na transição energética tanto pela formação de capital humano como pela vocação industrial e logística.

“Sou conselheiro de fundos de investimento brasileiros que querem fazer investimentos no setor de energia limpa e descarbonização produtiva. Isso tem tudo a ver com as iniciativas que queremos colocar em prática na UVV”, afirma.

“O Espírito Santo tem uma localização estratégica entre os principais estados do Nordeste e os estados  Sudeste e tem um sistema portuário robusto que pode ser importante para a exportação de hidrogênio verde (…) É um estado organizado que avançou em indicadores sociais e pode ser fundamental nesse processo”, destacou Guedes.

Outra tendência global, a robotização da medicina, deve ser um dos cursos que Guedes vai ajudar a articular. Ele também é conselheiro de fundos estrangeiros com amplo interesse em investimentos em tecnologia.

Esses novos cursos, bem como diversos outros da Universidade, terão como pilar a formação internacional, outro plano que o novo chanceler quer apoiar.

“Podemos ter uma formação em transição energética em que os alunos brasileiros tenham experiências em países com excelência em engenharia ao mesmo tempo em que alunos estrangeiros venham para o Brasil conhecer a produção de energia limpa”, exemplificou Guedes.

O primeiro passo da internacionalização, adianta Guedes, deve ser a Flórida, nos Estados Unidos– que ele considera a “capital da América Latina”.

Para apoiar os planos de se tornar uma instituição de ensino internacional, a Universidade também pode buscar investimentos, seja através de private equity– modalidade de investimento em empresas de capital fechado– ou mesmo um IPO– abertura de capital na bolsa de valores. Cenas dos próximos capítulos.

Foi justamente pra essa jornada de internacionalização que José Luiz Dantas, presidente da mantenedora da UVV, convidou o ex-ministro para o cargo de Chanceler da Universidade.

Guedes já fundou redes de educação corporativa e financeira, como o IBMEC, e de educação para a área de medicina e saúde, como a AFYA. Foi o criador do “MBA” no Brasil na década de 80. Agora, vem apoiar a única universidade privada do Espírito Santo na sua exportação para o mundo.

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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