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A construção de um parque eólico no Espírito Santo e Rio de Janeiro pela petroleira Equinor depende de um detalhe. Esse investimento está no cronograma de US$ 15 bilhões de investimentos previstos para serem realizados até 2030. Os projetos ainda estão em fase de pesquisas porque a exploração de energia em alto mar ainda depende de regulamentação. O marco regulatório da energia eólica offshore está em discussão na Câmara dos Deputados. Os parques offshore Aracatu I e II estão no radar da companhia norueguesa desde 2020. Com uma capacidade de 4GW e potência suficiente para abastecer 2 milhões de residências, as usinas serão equipadas com 320 turbinas (aerogeradores), todas situadas a uma distância de 20 km da costa.
A expectativa do setor de petróleo e gás é que a regulamentação da geração de energia eólica offshore no Brasil seja aprovada ainda neste ano. Ricardo Ferraço, vice-governador do Espírito Santo, ressalta que essa regulamentação vai trazer mais segurança jurídica aos investidores.
“Essa atividade ainda não é regulamentada no Brasil. Sem regras definidas para a geração de energia no mar, os investidores não sentem segurança para investir. Petrobras, Equinor e Shell têm interesse em implantar no estado estruturas para a geração de energia eólica no mar, mas todas aguardam a regulamentação para submeter esses investimentos aos conselhos e acionistas”, explicou Ferraço.
As usinas Aracatu I e II (localizadas no litoral dos estados do ES e RJ) são os primeiros projetos de energia eólica offshore da Equinor no Brasil. Em 2023, a Petrobras e a Equinor ampliaram o acordo para avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental de sete projetos de geração de energia eólica na costa brasileira, com potencial para gerar até 14,5 GW.
Em visita ao Espírito Santo, Rafael Tristão, diretor de Contratações e Suprimentos da Equinor, esclarece que as áreas do Espírito Santo e Rio de Janeiro estão mais avançadas no processo, com projetos já licenciados pelo Ibama.
“Há interesse nas sete áreas. No entanto, os parques eólicos de Aracatu já estão em fase de pesquisas e estudos. Agora, estamos trabalhando para enxergar maturidade no marco regulatório para destravar investimentos no setor. Estão previstos investimentos volumosos para realizar esses projetos, mas é preciso ter mais clareza na regulamentação. A construção de um parque eólico demanda um alto índice de capex e também requer do mercado local, infraestrutura logística, portos e embarcações”, explicou Tristão.
Enquanto o projeto de geração eólica no Espírito Santo não sai do papel, a empresa já fechou acordos com novos fornecedores no estado nas áreas de transporte rodoviário e automação. Além disso, busca novos parceiros para contribuir com as operações nos campos de Bacalhau, na Bacia de Santos (SP), e no BM-C-33 da Bacia de Campos (RJ).
Em colaboração com o governo do estado e da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), a Equinor realizou rodadas de negócios com mais de 62 empresas, e a perspectiva é que nos próximos meses possam ser gerados entre 1 e 10 milhões de dólares em negócios com a companhia, o que equivale a R$ 50 milhões.
“Desde 2020, a Equinor já multiplicou em cinco vezes os investimentos em fornecedores capixabas. Não é porque a empresa ainda não está operando no Espírito Santo que não valorizamos a parceria com o estado. Estamos empenhados em identificar uma base de fornecedores, promover processos competitivos, estimular a indústria e desenvolver projetos inovadores. Enxergamos o Espírito Santo posicionado nesse sentido e com um DNA de inovação. Além disso, a qualificação da mão de obra capixaba é um ponto que nos chama a atenção”, explicou o executivo da Equinor.
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