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No Espírito Santo, o dinheiro dos combustíveis fósseis vai financiar fontes limpas de energia. O Governo do Estado e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão planejando um fundo de R$ 500 milhões para investir projetos ligados a energia verde no Espírito Santo. Esse novo fundo faz parte da terceira tranche do Fundo Soberano do estado (Funses), coordenado pelo Bandes, que já aportou recursos dos royalties do petróleo em startups e empresas ESG. A expectativa do Governo é apresentar o projeto final na COP28, que acontece nos Emirados Árabes Unidos a partir de 30 de novembro.
Segundo o vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, o fundo de energia verde do Funses vai investir em projetos desse perfil no Espírito Santo, sejam eles de empresas nacionais ou estrangeiras. Estão na mira projetos ligados a energia eólica, fotovoltaica, biometano, biomassa e hidrogênio verde.
Na prática, o dinheiro arrecadado pelo Espírito Santo com a exploração de uma fonte de energia não renovável– o petróleo– vai financiar a transição energética (para matrizes geradoras d energia não poluentes) do estado.
Nesse momento, os detalhes do modelo de investimento do fundo ainda estão sendo discutidos, mas a hipótese mais provável é que os recursos sejam repassados às empresas aprovadas por emissão de debêntures– uma modalidade de dívida comum no mercado de capitais e já praticada pelo Bandes.
“O Fundo Soberano já possui duas tranches: uma que realiza investimentos em projetos ESG de empresas no Espírito Santo e uma que realiza investimento em startups. Agora, o desafio que se impõe é acionar mecanismos para descarbonizar nossa atividade econômica através de fontes de energia limpas. Por isso, estamos nos unindo ao BNDES para financiar esses projetos no estado”, afirma Ferraço.
Ainda de acordo com o vice-governador, a contribuição do Funses e do BNDES para os R$ 500 milhões não está fechada, mas ele ressalta a parceria como oportunidade de alavancar o potencial dos recursos do Funses.
“Esse fundo é um diferencial fantástico para o Espírito Santo no Brasil o no mundo. Com os projetos de energia verde, teremos mais eficiência energética para o setor produtivo e assumiremos uma posição de destaque no desafio das mudanças climáticas– que exige pressa e qualidade dos projetos”, completa Ferraço.
O projeto final desse fundo deve ser apresentado na COP 28, em Dubai, a partir de 30 de novembro. Ou seja, tudo tem menos de um mês para ser gestado.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, atual presidente do Consórcio Brasil Verde, participa da COP-28 entre os próximos dias 1º e 4 de dezembro.
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