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Em novembro deste ano o Espírito Santo registrou o maior volume mensal de importações de carros em moeda nacional desde o início da série histórica do Ministério da Fazenda, em 1997. O valor foi de US$ 315 milhões, equivalente a R$ 1,55 bilhão. Somente em novembro de 2011 o estado teve um valor maior em dólares, US$ 325 milhões, porém, na cotação da época, esse valor seria equivalente a apenas R$ 676 milhões. Um dos fatores que contribuíram para esse recorde é a iminência do retorno da tributação sobre veículos híbridos e elétricos.
Nas últimas décadas, o Espírito Santo se tornou a porta de entrada para veículos importados no Brasil. Os carros chegam ao estado pelo sistema portuário e daqui são distribuídos para os estados de destino. Os números impressionam: de janeiro a novembro deste ano, mais de R$ 5,6 bilhões (US$ 1,51 bilhão) em carros de passeio chegaram ao Brasil por meio dos portos capixabas.
Em novembro, foi registrado um recorde histórico em moeda nacional para esse tipo de importação, que teve grande contribuição de fabricantes chinesas de carros eletrificados como BYD e GWM.
Para Marcelo Tinti, CEO da Divisão de Comércio do Grupo Águia Branca– responsável por concessionárias como BYD, Mercedes-Benz, Jeep, RAM e Toyota no Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás– esse recorde é resultado de fatores estruturais do estado e da iminência do retorno da tributação sobre veículos eletrificados.
De acordo com a nova lei federal, as alíquotas para eletrificados ficarão entre 10% e 12% em janeiro e 18% e 25% em julho, dependendo se são elétricos ou híbridos. O retorno à alíquota integral, de 35%, para todos os carros importados de países que não têm acordo de intercâmbio comercial com o Brasil será progressivo até julho de 2026. Com a certeza de aumentos dos preços, consumidores antecipam as compras e concessionárias ampliam os estoques.
“O Espírito Santo vem se consolidando como polo de importação por sua competência logística. Junto a isso, temos um fator pontual: houve o retorno da tributação de carros híbridos e elétricos e as concessionárias especializadas se movimentaram para antecipar as compras e garantir valores mais competitivos de venda”, afirma Tinti.
Segundo o executivo, o volume de vendas de veículos elétricos como BYD e GWM, que são importados, vem crescendo de forma exponencial desde o início do ano.
“Em novembro, as concessionárias BYD do Grupo Águia Branca venderam 650 automóveis e em dezembro esse número deve se repetir. Esse volume cresceu rapidamente desde o começo do ano: em janeiro foram apenas 30 unidades. A expectativa do ano que vem é seguir crescendo e vender 10 mil veículos BYD em todas as concessionárias do Grupo no Brasil”, projeta Marcelo Tinti.
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