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As notícias sobre o comércio exterior capixaba foram positivas no fechamento do ano passado. A soma do valor das exportações e importações do Espírito Santo, conhecida como corrente de comércio exterior, alcançou em 2023 o maior resultado anual desde 2012: US$ 19,3 bilhões (cerca de R$ 92 bilhões na cotação atual). Esse indicador vem crescendo consecutivamente desde 2020, quando a cifra foi de US$ 10 bilhões e representa um crescimento de 3,7% com relação ao ano anterior.
Com um volume de exportação de US$ 9,5 bilhões e importações de US$ 9,8 bilhões a balança comercial do Espírito Santo, ou seja, a diferença entre exportações e importações foi negativa em US$ 294 milhões em 2023. Isso significa que o estado importou maior valor de bens do que exportou. Em 2022 a balança foi negativa em US$ 360 milhões.
Apesar de o número ser negativo, esse resultado não é um mau sinal para a economia real. A atividade de importação gera negócios, empregos e impostos para o Espírito Santo, cujos portos e aeroporto recebem bens que são distribuídos para todo o país.
O resultado capixaba veio acima da média nacional em todos os comparativos percentuais. A corrente de comércio nacional recuou 4,3% em 2023.
Na comparação entre importações e exportações, o Espírito Santo também se destacou. A venda de produtos para o mercado externo cresceu 4,17%, acima da média nacional (1,7%). Nas importações, o estado avançou 3,34%, frente a um recuo de 11,7% do país.
Os municípios com maior contribuição para as exportações foram aqueles que concentram as atividades portuárias: Serra (US$ 2,4 bilhões), Vitória (US$ 2,1 bilhões), Anchieta (US$ 1,4 bilhão), Aracruz (US$ 1,2 bilhão) e Vila Velha (US$ 609 milhões).
O município com maior volume de importações, porém, são creditadas a Cariacica (US$ 3,5 bilhões), onde estão concentrados os principais recintos alfandegados, ou portos secos, do estado.
Os bens mais exportados pelo estado em 2023 foram ligados ao extrativismo mineral e agronegócio: minério de ferro (US$ 2,9 bilhões), produtos de aço (US$ 1,6 bilhões), café (R$ 918 milhões), celulose (US$ 775 milhões), pedras de construção (US$ 769 milhões) e petróleo (US$ 709 milhões).
Já os bens mais importados foram carros (US$ 1,9 bilhão), carvão mineral (US$ 1,4 bilhão), veículos para transporte de mercadorias (US$ 975 milhões) e aeronaves (US$ 910 milhões).
Corrente de comércio exterior do Espírito Santo em anos selecionados:
2011: US$ 25,33 bilhões
2012: US$ 20,27 bilhões
2019: US$ 5,38 bilhões
2020: US$ 10,02 bilhões
2021: US$ 16,31 bilhões
2022: US$ 18,62 bilhões
2023: US$ 19,31 bilhões
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