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Uma pesquisa realizada pela Futura Inteligência no ano passado apontou que 36% dos empresários do setor de rochas do Espírito Santo apostam no Oriente Médio como um mercado global promissor, em meio à desaceleração do mercado de construção dos Estados Unidos. Para aprofundar o relacionamento com esse mercado, representantes do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) e da Futura Inteligência vão a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, entre 9 e 12 de fevereiro, para participar do Bond ARC Middle East, evento que conecta fornecedores com grandes escritórios de arquitetura e design, construtoras e compradores de mega obras.
O otimismo do setor de rochas naturais com o Oriente Médio não é à toa. Enquanto o maior comprador de rochas brasileiras, os Estados Unidos, tem US$ 1,6 trilhão de obras contratadas, o Oriente Médio tem uma carteira de US$ 3 trilhões, com destaque para países como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Atualmente, as rochas brasileiras têm uma fatia de apenas 0,6% na região, mas o setor de rochas aposta na proximidade e relacionamento para o cenário melhorar, afirma Fábio Cruz, vice-presidente do Centrorochas, que participa da comitiva a Abu Dhabi.
“A estratégia delineada pelo Centrorochas, em colaboração com o Its Natural, visa ampliar a visibilidade do empresário no mercado internacional, com um foco particular no Oriente Médio. Esta abordagem estratégica inclui a criação de um banco de dados robusto, facilitando o estabelecimento de conexões valiosas com um público específico. Através dessa iniciativa, o Centrorochas pretende distribuir conteúdo técnico especializado, direcionado a uma ampla rede de mais de 12 mil contatos profissionais, incluindo designers e arquitetos de todo o mundo, com uma presença significativa fora do Brasil”, explica Fábio.
Além de abrir mercados no Oriente Médio, a aproximação do setor com compradores in loco é participar mais ativamente do processo de prospecção e venda. As rochas naturais do Espírito Santo estão presentes em alguns projetos de grande porte no Oriente Médio, como o Aeroporto de Abu Dhabi e a Emirates Towers, em Dubai, mas essas compras, em sua maioria, foram feitas por beneficiadores italianos, sem participação ativa dos produtores capixabas.
“Queremos que as pedreiras brasileiras participem mais ativamente no processo de especificação e venda, mesmo que a rocha seja processada por uma indústria europeia”, enfatiza o vice-presidente do Centrorochas.
O Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) promove a participação no evento por meio do It’s Natural – Brazilian Natural Stone, e em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
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