Vale comprou R$ 4,5 bilhões de fornecedores do ES em 2023
Na última semana, a Suzano celebrou seu centenário em meio ao maior pacote de investimentos de sua história. Nos últimos quatro anos, foram mais de R$ 60 bilhões injetados em novas fábricas e ampliações no Espírito Santo e no Brasil. Apenas em 2023, os aportes da maior produtora de celulose de mercado do mundo somaram R$ 18,5 bilhões. Para este ano, a empresa espera desembolsar outros R$ 16,5 bilhões.
Desde que chegou ao Espírito Santo, por meio de fusão com a Fibria, a Suzano realizou investimentos importantes no estado. Em 2021, a companhia inaugurou uma fábrica em Cachoeiro e em 2023, anunciou mais de R$ 1 bilhão para novos projetos em Aracruz.
Em 2021, a Suzano inaugurou sua fábrica de papel tissue (como papel toalha, lenço umedecido e papel higiênico) em Cachoeiro de Itapemirim. A unidade demandou investimentos de R$ 130 milhões e tem capacidade para produzir 30 mil toneladas anuais de papéis higiênicos, o que equivale a 15 mil fardos por dia ou 1 milhão de rolos por dia.
Em outubro de 2023, a Suzano revelou que investirá R$ 1,17 bilhão em Aracruz, sendo R$ 650 milhões para a construção de uma outra fábrica de papel tissue. Outros R$ 520 milhões na modernização de uma caldeira no complexo de Aracruz. A fábrica de tissue de Aracruz terá capacidade para produzir 60 mil toneladas por dia — o equivalente a 1,1 milhão de rolos. Os projetos devem ser concluídos em 2026.
A Suzano prevê investir R$ 14,6 bilhões em 2024, ano em que celebra seu centenário. O principal investimento desse ano é a conclusão de uma nova fábrica de celulose no município de Ribas do Rio Pardo (MS)– que será a maior linha única de produção de celulose do mundo. A planta receberá R$ 4,6 bilhões em investimentos nessa etapa final. O Projeto Cerrado consumirá um total de R$ 22,2 bilhões em investimentos.
O restante do investimento previsto para 2024 virá da aquisição de 70 mil hectares de novas terras para plantio de eucalipto no Mato Grosso do Sul ( R$ 3,3 bilhões) e atividades de manutenção (R$ 7,7 bilhões).
A história da Suzano começa em 1924, com Leon Feffer, imigrante ucraniano – e avô de David – ao constituir um comércio de papéis. Anos depois, após desafios globais como a Segunda Guerra Mundial, seu filho, Max Feffer chega aos negócios e impulsiona testes pioneiros com o uso do eucalipto, em 1952.
A chegada da Suzano no Espírito Santo aconteceu entre 2018 e 2019, quando realizou uma fusão com a Fibria – resultado da junção da Aracruz Celulose com a Votorantim.
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