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Após o Conselho da Federação das Indústrias do Espírito Santo estender em um ano o mandato da atual presidente Cris Samorini (até julho de 2024), agora o empreiteiro Paulo Baraona prepara o terreno para se eleger presidente da Findes em um pleito a priori com chapa única, sem oposição. Apesar de esse ser o cenário mais provável, o rito das eleições prevê que existe a possibilidade de inscrição de outros candidatos até o dia 19 de março. Saiba mais sobre Baraona abaixo.
O português Paulo Baraona é, até o momento, o único candidato a presidente da Findes após outros dois nomes, Tales Machado, empresário do setor de rochas, e Marcos Guerra, presidente da Findes entre 2011 e 2014, desistirem de postular ao cargo.
Baraona é apoiado pela atual presidente, Cris Samorini, e recebeu suporte de industriais de peso para viabilizar uma eleição consensual, com candidatura única.
De acordo com mandatários públicos consultados pela coluna, especula-se nos bastidores da política que Samorini possa se candidatar a algum cargo político ainda neste ano.
Diferente do nome de Marcos Guerra, que divide opiniões, Tales Machado tem boa aceitação entre o empresariado, em especial no Sul, mais ligado a indústria de rochas.
Tales apresentou resultados importantes como presidente do Centrorochas, associação nacional do setor de rochas naturais. Possivelmente único candidato com força política e econômica suficiente para fazer frente à essa chapa única, Tales resolveu apoiar a candidatura de Baraona.
“Baraona e eu temos um bom relacionamento e fizemos alinhamento de apoiar um ao outro quando fosse definido o candidato. Ele está na Findes há bastante tempo e tem apoiado a administração da Cris de forma positiva. Hoje sou vice-presidente da Findes e meu desejo é seguir apoiando a próxima gestão, principalmente com relação às necessidades do sul do Espírito Santo”.
Se nenhum outro candidato se inscrever até o dia 19 de março, ele seguirá como candidato único. De acordo com o rito, em 25 de abril acontecerá a eleição para presidente e no dia 23 de maio, a eleição da chapa de vice-presidentes, conselho fiscal e representantes da CNI– que é apenas uma validação dos nomes escolhidos pelo presidente. O novo presidente assumirá o cargo em julho.
Podem votar neste pleito os representantes dos 33 sindicatos patronais associados à Federação, que representam milhares de indústrias capixabas.
“Houve entendimento de que era importante ter uma candidatura única, com apoio da Cris Samorini; é uma chapa de continuidade. Vejo como pouco provável a inscrição de outro candidato, mas, caso ocorra, cumprirei a minha obrigação de respeitá-lo”, afirma Baraona.
Dentre as principais agendas do português, estão a competitividade da indústria capixaba, a defesa de interesses relevantes para o desenvolvimento do setor e a intensificação do relacionamento com os três poderes.
“Temos algumas agendas que considero prioritárias. Hoje falamos de indústria 4.0 e o programa Nova Indústria Brasil, que estão relacionados à produtividade, inovação e competitividade. Vejo o acompanhamento da regulamentação da reforma tributária como pautas muito relevantes também”, comenta o candidato.
“Nosso estado está se consolidando como um hub de logística e precisamos olhar para avanços em modais como ferrovias e rodovias. Na continuidade da gestão de Cris, quero intensificar o diálogo com os três poderes para criar um ambiente favorável para a solução dessas questões”, acrescenta.
Quem é Paulo Baraona?
Baraona é proprietário da Cinco Estrelas Construtora– empresas de construção civil também são classificadas como indústrias e podem ser associadas à Findes– que é especializada em obras de infraestrutura pública, tendo sido responsável por projetos como um trecho da ES-010 em Jacaraípe e a reforma da Avenida Vitória, além de contratos de manutenção com a Petrobras.
Ele chegou ao Brasil na década de 70 após sua família se refugiar da Revolução dos Cravos, em Portugal, movimento em que trabalhadores tomaram conta de empresas e fez com que muitos empresários fugissem do país. O pai de Baraona já atuava na construção e foi atraído para o Espírito Santo pelas grandes perspectivas de crescimento e grandes obras como o aterro da Condusa e o processo de urbanização de Domingos Martins.
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