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A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) projeta um crescimento da economia capixaba de 4,5% em 2024. Caso o resultado se confirme, o estado deve ter um desempenho acima do nacional, de 1,7% de acordo com as estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgadas em dezembro. Em 2023, a atividade econômica do Espírito Santo teve um aumento de 4,8%. As projeções foram elaboradas com base no Indicador de Atividade Econômica (IAE-Findes), calculado pelo Observatório da Indústria.
De acordo com as projeções do IAE-Findes, a indústria será a protagonista do ano com uma previsão de crescimento de 7,5%. Já a agropecuária terá um desempenho de 3,3%, uma melhora em relação ao registrado em 2023, quando houve uma queda de 7,2%. Enquanto isso, o setor de serviços (que engloba comércio, transporte e atividades de serviços) tem uma alta projetada de 2,9%.
Os dados mais recentes da Bússola do Investimento da Findes (atualizada em março de 2023) apontam que o Espírito Santo tem R$ 57,7 bilhões em investimentos anunciados até 2028. Ao todo, são 316 projetos previstos, sendo que a indústria representa quase R$ 40 bilhões, ou seja, 70% de todo o valor a ser investido no estado.
Na análise da Findes, alguns pontos merecem atenção em 2024. Globalmente, existe a previsão de uma continuação da desaceleração da economia, com questões pendentes em relação à China, um importante player. A situação econômica na Argentina, um parceiro significativo do Brasil, também é um aspecto a considerar.
“Temos visto com bons olhos a redução das projeções de inflação, com convergência da inflação para a meta, o que poderia permitir ao Banco Central continuar reduzindo as taxas de juros. No entanto, há preocupações com a inflação dos serviços”, explicou a economista-chefe da Findes, Marília Silva.
Silva também destaca um ponto de atenção em 2024: o lançamento da nova política industrial brasileira, que tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento nacional. A nova política foi desenhada para estimular o desenvolvimento produtivo e tecnológico, ampliar a competitividade da indústria brasileira e nortear novos investimentos. Segundo a economista, as previsões para o Espírito Santo incluem monitorar novos projetos de infraestrutura, por ser um ano de eleições municipais.
“Além disso, o setor da construção tem perspectivas de melhoria, com projetos como o Novo PAC e mudanças nas regras do Minha Casa Minha Vida. Já a indústria deve continuar impulsionando a economia do Espírito Santo este ano, com investimentos previstos ao longo dos próximos cinco anos. O estado também está se fortalecendo como um hub logístico, com uma infraestrutura portuária sólida e a ZPE como diferencial competitivo”, pontuou.
Em 2023, a economia do Espírito Santo cresceu 4,8%, superando o registrado para a economia brasileira, que avançou 2,9% no ano. O crescimento econômico foi impulsionado pelo bom desempenho da indústria, com um avanço de 9,1%, especialmente no setor extrativo, que teve um aumento de 27% no ano.
De acordo com o diretor econômico da Futura Inteligência, Orlando Caliman, no caso da indústria, a grande contribuição tem origem nas atividades de extração de gás e petróleo e na produção de minério de ferro.
“As atividades de gás e petróleo cresceram 23% e as de minério de ferro (pelotas), 31%. É fácil perceber que a indústria extrativa mineral pesou na taxa de crescimento, sobretudo porque ela possui no Espírito Santo um peso mais alto do que a média nacional– em 2021 atingiu 18% da média ponderada, mas já chegou a representar 26% em 2012. Notícia não muito boa e destoante provém da indústria de transformação, que vinha recuperando principalmente a partir de 2021, mas que em 2023 amargou queda”, explicou Caliman.
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