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A Buson– um dos maiores marketplaces de venda de passagens de ônibus rodoviário do Brasil– acaba de anunciar a fusão com a Busbud, plataforma global de reservas de viagens de ônibus e trens. A Buson tem no seu time de fundadores o capixaba Halyson Valadão, que teve passagens pela Embraer e pelo mercado financeiro antes de empreender. A startup liderou o mercado de comercialização de passagens de ônibus no país, com mais de 120 milhões de viagens realizadas em 300 parceiros, e com a combinação de negócios, passa a integrar o maior marketplace rodoviário das Américas.
A Buson foi formada em 2013 por um trio de engenheiros que se conheceram no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e que lidavam com a dificuldade de adquirir passagens rodoviárias pela internet.
O ano era 2013 e poucas companhias faziam vendas online. Apesar de ser um mercado gigante no Brasil, responsável por 59% das viagens de turismo, a viação ainda dependia de guichês físicos ou de call center para vender passagens.
“Estudamos o mercado brasileiro e concluímos que é um dos maiores mercados de viagens rodoviárias do mundo, mas que ainda tinha pouca tecnologia embarcada”, afirma Halyson Valadão, co-fundador da Buson, que nasceu em Vitória e hoje mora em Baixo Guandu, no Espírito Santo.
A Buson foi pioneira nas vendas online e na emissão de passagens digitais e ao longo de sua jornada chamou a atenção do fundo Kaszek Ventures, liderado por fundadores e executivos do Mercado Livre, que apostou no projeto em 2016.
A startup fechou mais de 300 parcerias ao redor do Brasil– sendo uma das principais a capixaba Viação Águia Branca– e, desde o início, embarcou mais de 120 milhões de viagens de ônibus, atendendo mais de 70 mil rotas. Nesse meio tempo, também surgiram spin-offs, como a Guichê Pass, plataforma de gestão para empresas de ônibus.
A Buson completou seu ciclo como startup com a fusão com a canadense Busbud, dando origem ao maior player de venda de passagens rodoviárias online das Américas. A norte-americana assume o controle da Buson e os sócios da startup brasileira passam a ser acionistas minoritários da companhia.
“Estamos fechando um ciclo importante para uma startup. É difícil fazer a jornada inteira no Brasil, desde os investimentos até o M&A, pela escassez de fundos de venture capital. O investidor muitas vezes não entende a dinâmica do investimento, que é mais arriscada que investimentos tradicionais”, observa Halyson.
O CEO e co-fundador da Busbud, LP Maurice, liderou recentemente outra aquisição de um marketplace de passagens de ônibus, no Chile, e está otimista coma incorporação da Buson.
“Compartilhamos a mesma ambição de revolucionar as viagens terrestres por meio da inovação e temos conjuntos de produtos bem alinhados que auxiliam a transformação digital das viagens terrestres nas Américas e globalmente. Juntos, continuaremos a criar experiências de transporte que atendam às necessidades do viajante moderno, bem como de nossos parceiros operadores confiáveis”.
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