Unimed Vitória tem resultado de R$ 46 milhões em 2023 e projeta recorde em 2024
O PIB Espírito Santo teve um resultado animador em 2023, com crescimento de 5,7%, praticamente o dobro do país. Mas esse resultado deve se repetir em 2024? Na análise de Orlando Caliman, diretor econômico da Futura Inteligência, enquanto alguns setores da economia começaram o ano em alta, a perspectiva para algumas commodities importantes para o PIB capixaba, como petróleo e minério, não são as melhores. Confira a análise de Caliman a seguir.
Orlando Caliman | Se há um consenso entre aqueles que acompanham e analisam a economia nacional, este se prende à percepção, que se posta como expectativa, de que não repetiremos 2023, com o crescimento de 2,9%. Isso, mesmo admitindo-se como surpreendente o desempenho mostrado neste janeiro pelo IBC-BR, o indicador proxy do PIB estimado pelo Banco Central, que registrou 0,6%. No entanto, para 2024 poucos se aventuram a apostas que ultrapassem o patamar de crescimento de 2%.
Considero muito provável que também a economia capixaba não repita o salto de 5,7% realizado em 2023. Isso porque tem se mostrado alta a probabilidade de que não tenhamos em 2024 o mesmo desempenho das commodities extrativas minerais, leia-se petróleo e pelotas de minério de ferro. Estes produtos foram os grandes responsáveis pelo bom resultado no ano.
Olhando para 2024, os cenários das commodities minerais não se mostram tão promissores quanto em 2023. Do lado dos preços, as expectativas apontam para uma certa estabilidade no petróleo e queda no caso do aglomerado de ferro, as pelotas . Também em volume não são esperadas alterações significativas. Não se vislumbram, por exemplo, movimentos positivos nos mercados globais, principalmente vindo da China, que ainda não demonstra sinais de retomada segura da sua economia, e que se constitui no maior mercado das commodities capixabas.
Temos já disponíveis números da economia capixaba relativos a janeiro deste ano. Pesquisas do IBGE trabalhadas e divulgadas pelo IJSN sobre comércio, serviços, indústria, comércio exterior e emprego, dentre outros. Naturalmente são limitados em apontar tendências, mas podem influenciar expectativas.
Esses indicadores, que podem ser tomados como variáveis proxy do desempenho da economia, já sinalizam crescimento em 82% dos componentes do PIB: serviços e indústria em geral. Os serviços cresceram em volume e receitas, respectivamente 5,2% e 10,3%. Já a indústria em geral cresceu 2,4% em produção, puxada pela indústria extrativa mineral, com 4%.
Outro sinal positivo teve origem no emprego, com saldo positivo de 3.600 novos postos de trabalho ocupados.
A sinalização negativa ficou por conta do comércio, cuja participação no PIB é de 14%, com queda de 4,2% no volume de vendas e 4,9% nas receitas. Movimento que contou com forte redução nas vendas de materiais de construção: -20%.
Sinalização mais segura vamos ter quando fecharmos o primeiro trimestre.
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