Abr 2024
10
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Mesmo com chapa única, eleição da Findes acontece no dia 25

Baraona tornou-se o único candidato a presidente da Findes após outros dois nomes, Tales Machado, empresário do setor de rochas, e Marcos Guerra, presidente da Findes entre 2011 e 2014, desistirem de postular ao cargo.

Podem votar neste pleito os representantes dos 32 sindicatos patronais associados à Federação, que representam milhares de indústrias capixabas.

De acordo com o rito, em 25 de abril acontecerá a eleição para presidente, mesmo com chapa única. Em 23 de maio acontece a eleição da chapa de vice-presidentes, conselho fiscal e representantes da Confederação Nacional das Indústrias– que é apenas uma validação dos nomes escolhidos pelo presidente. O novo presidente assumirá o cargo em julho.

Quem é Paulo Baraona?

Baraona é proprietário da Cinco Estrelas Construtora– empresas de construção civil também são classificadas como indústrias e podem ser associadas à Findes– que é especializada em obras de infraestrutura pública, tendo sido responsável por projetos como um trecho da ES-010 em Jacaraípe e a reforma da Avenida Vitória, além de contratos de manutenção com a Petrobras.

Ele chegou ao Brasil na década de 70 após sua família se refugiar da Revolução dos Cravos, em Portugal, movimento em que trabalhadores tomaram conta de empresas e fez com que muitos empresários fugissem do país.

O pai de Baraona já atuava na construção e foi atraído para o Espírito Santo pelas grandes perspectivas de crescimento e grandes obras como o aterro da Comdusa e o processo de urbanização de Domingos Martins.

O futuro político da atual presidente da Findes

Como já era ventilado, a atual presidente da Findes, Cris Samorini, filiou-se ao PP já na reta final de seu mandato e é cotada para compor a chapa com Pazolini para disputar a Prefeitura de Vitória no final do ano.

Apesar de ser a primeira vez que um presidente da Federação se lança para uma candidatura no executivo municipal, é válido recordar os riscos de a instituição se tornar uma plataforma política, ou promotora de interesses pessoais.

Afinal, o setor produtivo e a  política são duas esferas com interesses e agendas próprias e nem sempre convergentes.

A defesa de pautas específicas da indústria, frente aos desafios legislativos, tributários, estruturais e políticos é uma das principais razões de existir da Federação, e a manutenção da sua autonomia para tal é dever da instituição, e necessidade da sociedade capixaba.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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