Quais são os principais fatores que tornam o Espírito Santo propício para o surgimento de startups e iniciativas inovadoras? Quais são os principais desafios a serem superados? E qual é o futuro do ecossistema de inovação capixaba? Em busca dessas respostas, a Futura Inteligência realizou uma pesquisa qualitativa com grandes empresários que atuam em setores como indústria, tecnologia, serviços e mercado financeiro no Espírito Santo. Apesar de apontarem diversas qualidades, os entrevistados afirmam que o estado lida com uma “cultura empresarial tradicional” e “fuga de capital humano”.
Segundo os empresários consultados pela Futura Inteligência, os fatores que tornam o ecossistema de negócios do Espírito Santo mais propício para a inovação são o movimento de diversificação da atividade econômica capixaba, a qualidade de vida do estado– que foi considerada um diferencial para atrair e reter talentos–,iniciativas do governo para estimular ambiente de negócios.
A vocação do estado para o segmento de serviços e os grandes cases de sucesso que surgiram no ES, como PicPay, também foram mencionados.
“No Espírito Santo, estamos vivenciando um cenário promissor de crescimento na inovação, refletindo positivamente no desenvolvimento econômico e social da região”, afirmou um empresário de uma grande companhia de engenharia.
Apesar de reconhecerem as qualidades e potencialidades do ecossistema capixaba, os empresários apontaram diversos obstáculos para a evolução da inovação no Espírito Santo.
Os principais desafios mencionados foram a cultura tradicional do ambiente de negócios, a concentração das iniciativas de inovação da Região Metropolitana, a fuga de capital humano e a falta de conhecimento dos empresários sobre inovação.
Um grande empresário do setor de educação afirmou que essas questões devem ser endereçadas antes de pensarmos em uso de ferramentas avançadas como Inteligência Artificial: “Enfrentamos desafios na implementação das soluções inovadoras exigidas pela Inteligência Artificial, já que o obstáculo inicial reside em questões culturais e organizacionais dos processos. Antes de adotarmos plenamente a IA, precisamos resolver essas questões fundamentais”.
A pesquisa da Futura também apontou quais são as principais ações, mudanças e aprendizados que os empresários consideram essenciais para fazer o ecossistema de inovação evoluir no Espírito Santo. Além de menções a educação e diversificação, um entrevistado trouxe exemplos positivos de outro estado.
“É crucial uma coordenação mais efetiva do nosso ecossistema, porque, até agora, está muito fragmentado”, pontuou um empresário da área de engenharia.
“Vejo que o Espírito Santo tem muito a aprender com o sucesso de Santa Catarina. Assim como SC, nosso estado pode se tornar um polo de inovação tecnológica fora dos grandes centros como RJ- SP” afirmou empresário médio da área de tecnologia.
“É importante diversificar o perfil dos empreendedores. Quando temos uma diversidade de empreendedores, também temos uma diversidade de soluções, o que enriquece nosso ecossistema. Diversificar é, essencialmente, inovar”, defendeu um grande empresário da área de mineração.
“É fundamental destacar a importância de integrar a inovação desde as bases do processo de formação. Quando a inovação é parte integrante do aprendizado desde o início, prepara-se uma geração mais capacitada”, disse um outro empresário de mineração.
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