Banestes tem lucro de R$ 68 milhões no primeiro trimestre e vai distribuir R$ 22 milhões em dividendos
Todo ano empresários, banqueiros e gestores de investimentos brasileiros peregrinam para Nova York durante uma semana para promover eventos que debatem a economia e política, além de rodadas de negócios com empresas e fundos da maior economia do mundo. É a chamada Brazil Week, que aconteceu na semana passada. Além de encontros tradicionais como o Person of The Year– que neste ano homenageou Alexandre Birmann, fundador da Arezzo– e o LIDE, de João Dória, a semana do Brasil foi inaugurada com o Brazilian Regional Markets, que se dedica a “vender” as potencialidades dos tigres brasileiros: Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.
A Brazil Week ainda concentrou eventos de peso como o Leaders of The Year, do G4 Educação, que homenageou líderes como Alexandre Bettamio, co-head de Investment Banking do Bank of America, Ana Cabral, CEO da Sigma Lithium, Rafael Sales, CEO da ALLOS e Renata Vicchi, CEO do Grupo CRM, dono da Kopenhagen. O G4 também realizou o G4 Day em Nova York, que reuniu fundadores, presidentes e CEOs.
Por sua vez, o jornal Financial Times realizou o Brazil Summit, que teve participação de Arthur Lira, presidente da Câmara, Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro,Luiza Helena Trajano do Magazine Luiza, Alexandre Birman da Arezzo&Co, e Fabio Colletti Barbosa da Natura & Co, entre outros.
Vale lembrar que a tragédia do Rio Grande do Sul foi um tema transversal durante a semana brasileira em Nova York e diversos eventos mobilizaram doações em prol da reconstrução do estado. Apenas o Person of The Year, da Brazilian-American Chamber of Commerce, reuniu empresas que doaram R$ 70 milhões (e contando) para a causa.
O Grupo Lide, de João Dória, promoveu mais uma edição do Lide Investment Forum Nova York, onde participaram 9 governadores brasileiros, senadores e deputados federais, além do ex-presidente Michel Temer. O encontro aconteceu no Harvard Club de Nova York, clube que recebeu o Brazilian Regional Markets, da Apex e EQI, na última segunda-feira.
BRAZILIAN REGIONAL MARKETS
O evento dos mercados regionais brasileiros chamou a atenção para as potencialidades e oportunidades de investimento dos chamados ‘tigres brasileiros’, numa alusão aos ‘tigres asiáticos’: Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná. Outro ponto importante destacado no evento é o papel da descentralização do ecossistema de mercado de capitais no desenvolvimento dos estados fora do eixo Rio-São Paulo.
O jornal Valor Econômico, destacou a fala do fundador e presidente da Apex, Fernando Cinelli, que afirmou que dos R$ 306,6 bilhões do patrimônio em fundos imobiliários no Brasil, quase R$ 240 bilhões estão em ativos em gestoras que ficam de “um a três quilômetros de distância da Faria Lima”.
“A cultura é que é feio pedir dinheiro, fazer dívida. Mas o capital é necessário para crescer. Empresas do Rio e de São Paulo estão mais acostumadas a acessar para fazer alavancagem, mas para a média do empresariado catarinense, por exemplo, ainda não está claro quais os benefícios de uma alavancagem financeira, desde que seja controlada, claro”.
O evento da Apex e EQI também teve falas dos governadores do Paraná e Espírito Santo, de Walter Schalka, presidente da Suzano, de Tallis Gomes, fundador do G4 Educação, Juan Alves, presidente da Seacrest Petroleo, além de gestores de fundos de investimentos e prefeitos.
Tallis disse que em cinco anos atraiu cerca de 45 mil empreendedores para os seus cursos fora do eixo Rio-São Paulo e falou sobre as alavancas de crescimento em que elas podem se apoiar para crescer de forma mais acelerada.
“Há negócios sólidos, os empresários têm riqueza pessoal, mas poderiam entregar mais, dobrar de tamanho, adotar processos novos. Têm balanços lindos, um ROIC [retorno sobre o capital investido] maior do que o custo de dívida. Um dos grandes papéis do G4 com as pequenas e médias empresas é renovar esse tipo de ambição e criar novos empregos”, disse Gomes.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória