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A startup capixaba Yooga– que criou um sistema de gestão para pequenos restaurantes e já está presente em todos os estados do país– cresce de vento em popa. Nos últimos três anos, a base de clientes ativos cresceu na faixa de 40% ao ano, e com um ticket médio cada vez maior, a receita cresceu a uma taxa anual acima de 100%. Em outras palavras, a Yooga consegue dobrar de tamanho a cada ano, mesmo tendo alcançado um porte robusto. Para seguir crescendo em ritmo acelerado, a startup está aplicando inteligência artificial para tornar seus processos mais eficientes e aumentar as vendas dos clientes.
A Yooga já está presente em mais de 1.400 municípios e está mirando 10 mil clientes até o final de 2024. Além de olhar para o crescimento de usuários, a startup está investindo em novas formas de gerar valor para eles, com uso de tecnologias como a Inteligência Artificial.
Na frente de dados, a Yooga está lançando uma ferramenta que ajuda o estabelecimento, como restaurante ou lanchonete, a vender mais com uso de IA. Segundo Vinicius Mello, CEO e fundador da Yooga, os usuários chegam a vender 30% a 40% mais quando aplicam e a startup é remunerada com uma comissão pela receita adicional que gerou.
“Por meio de dados, essa tecnologia entende padrões de consumo e preferências do cliente. A partir daí, desenvolve estratégias com o apoio de comunicação digital para fazê-lo consumir mais. Isso só é possível porque esses estabelecimentos têm a gestão organizada dentro do nosso sistema”, explica Vinicius.
A IA também está apoiando processos internos da Yooga, principalmente nas frentes de vendas e atendimento. Com apenas dois meses de aplicação da tecnologia, 15% dos chamados de clientes foram resolvidos sem contato com humanos e a ideia é crescer essa taxa.
Além disso, os canais de aquisição de clientes da Yooga são apoiados por uma IA que faz o primeiro contato e identifica se o interessado precisa ser encaminhado para um atendente humano.
Rentabilidade. Outra estratégia da Yooga para gerar mais valor ao estabelecimento é aumentar seu ticket médio– sem aumentar o preço dos serviços– é ampliar seu leque de serviços para além do sistema de gestão.
Uma grande aposta é na intermediação de pagamentos, que começou a ser implementada no ano passado e hoje cresce a uma taxa de 10% ao mês. No ambiente presencial, a Yooga tem um app de lançamentos de pedidos para as maquininhas de cartão que é integrado ao sistema de gestão.
Indústria. A mais recente aposta da Yooga é em vender dados e inteligência para ajudar as indústrias de alimentos a vender mais. O primeiro contrato foi fechado com uma das maiores indústrias de sorvetes do país, que vai digitalizar seus sorveteiros.
“Vamos entender quais produtos são mais consumidos em cada parte do dia ou região e ajudar as indústrias a tomar decisões em estratégias de marketing e distribuição. Queremos que essa linha de negócio represente 10% do faturamento da empresa no futuro”, completa Vinicius.
Investimento. Com a captação de US$ 2,3 milhões (cerca de R$ 11,1 milhões na cotação atual), a Yooga conclui sua primeira rodada com um fundo de investimento em setembro do ano passado. Até então só tinha recebido aporte de investidores-anjo.
A companhia foi avaliada em US$ 20 milhões, quase R$ 100 milhões na cotação atual. A Apex Partners, que já era investidora da Yooga, redobrou sua aposta na companhia, por meio do fundo Carbyne Mercados Regionais. Também participaram da rodada Alexandre Dubugras, fundador da Alude, e Alex Theuma, fundador do SaaStock.
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