Jun 2024
14
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Startup também anunciou entrada no segmento de venda de seminovos

Fundada em 2017, a Turbi oferece locação de veículos por meio de um aplicativo. Os carros podem ser alugados a qualquer hora do dia e estão distribuídos em diferentes pontos das cidades onde a empresa opera.

Inicialmente, a startup operava exclusivamente com locação digital, utilizando estacionamentos parceiros e sublocando os veículos. Há dois anos, iniciou o processo de montar uma frota própria, que deve ser concluída em julho deste ano. Luiz Bonini, CRO da Turbi, explica que o novo capital será fundamental para apoiar essa mudança estratégica.

“Até o final de julho, teremos uma frota 100% própria. Começamos no modelo de sublocação não por escolha, mas por necessidade e obrigatoriedade. Adotamos o modelo asset light em um contexto de mercado totalmente diferente, em 2020, quando a taxa de juros era bem mais baixa do que é hoje. Ao longo dos anos, com nossa execução e resultados, obtivemos acesso a crédito mais barato e uma maior capacidade de negociação para a compra de carros, o que também se alinhava ao nosso modelo. Foi natural migrarmos para uma frota própria”, explicou Bonini.

Em 2023, a startup também oficializou sua entrada no mercado offline com o lançamento de uma loja para venda de seminovos. A expectativa é vender 1.600 veículos até o final do ano na loja em São Paulo.

“Inicialmente, crescemos com uma frota alugada, mas desde 2022 começamos a comprar nossos próprios veículos, o que trouxe mais economia. Além disso, 2023 foi um ano de expansão significativa da nossa frota própria e de escalada do nosso produto de assinatura. Ao final do ano, esse produto já representava mais de 35% da nossa frota em assinatura. Esse modelo de assinatura traz mais previsibilidade de receita e maior escalabilidade para o negócio. Até julho de 2024, teremos uma frota 100% própria, comprada pela Turbi, o que trará maior eficiência financeira”, acrescentou Bonini.

A Turbi encerrou 2023 com uma receita de R$ 134 milhões e está avaliada em mais de R$ 1 bilhão. A empresa dobrou de tamanho em 2023, superando a marca de 5,2 mil veículos. Atualmente, opera na Grande São Paulo e vê potencial para crescer na região, além de planejar expansão para outras capitais e, futuramente, para a América Latina.

Para os próximos três anos, Bonini expressou o desejo da startup de realizar uma oferta inicial de ações (IPO).

“O IPO faz parte dos nossos planos, mas ainda não está na agenda. Vamos buscar essa oportunidade nos próximos anos. Sendo um negócio de capital intensivo, faz sentido seguir esse caminho. No curto e médio prazo, nosso foco é transitar para uma frota própria, consolidar a eficiência financeira desse modelo e continuar crescendo com o produto de assinatura, que tem mostrado grande escalabilidade. Também planejamos expansão para novas capitais no Brasil e aprimoramento de produtos. No longo prazo, esperamos realizar um IPO em cerca de três anos”, concluiu Bonini.

Para migrar do modelo asset light para um modelo com frota própria, a Turbi recebeu um aporte de R$ 45,5 milhões em uma rodada liderada pela Domo VC, com a participação da Reag Investimentos e da Carbyne Investimentos, gestora do Grupo Apex.

Um dos principais diferenciais do fundo Carbyne Mercados Privados é sua estratégia de mercados secundários, que permite participações em companhias  sempre com um grande desconto com relação a seu valor real. Desde seu início, em setembro de 2023, o fundo tem apresentado resultados atrativos. Sua performance foi de 16,65%, o que equivale a 254% do CDI no mesmo período.

 

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