Jul 2024
4
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Jul 2024
4
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Ferraço e Da Vitória discutiram desafios da reforma tributária para o ES

Fernando Cinelli, fundador e presidente da Apex Partners, destacou a importância de descentralizar o desenvolvimento econômico do país.

“Temos uma concentração muito grande no RJ e SP, mas os outros estados representam 60% do PIB brasileiro. Estamos falando de mais de 1 trilhão de dólares. Tem muita oportunidade. Quando olhamos para os profissionais banqueiros, estão em SP hoje e essa atividade é importante, quando você está olhando para uma oportunidade porque a visão de leitura de risco é essencial. Criamos ferramentas para canalizar o estoque de capital das próprias regiões para seus próprios mercados, em vez de direcionar para SP. Isso é fundamental para que a gente consiga descentralizar o desenvolvimento econômico, reduzir desigualdades regionais”.

Marcel Malczewski, CEO da Quartzo Capital, ressaltou a descentralização crescente dos investimentos em venture capital pelo Brasil. “Nos mercados regionais vemos muita gente empreendendo, empreendedores com apetite ao risco e muitas empresas pujantes”.

Rafael Lucchesi, presidente do conselho do BNDES, destacou que os mercados regionais brasileiros podem assumir protagonismo nos investimentos para a transição da matriz energética.

“O Brasil tem uma janela de oportunidade na agenda de energia renovável e os mercados regionais estão atentos a essa janela. Paraná lidera investimentos com R$ 10 bilhões, Mato Grosso com R$ 8,5 bilhões, seguidos por Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul. É uma agenda importante de reestruturação econômica”.

Ciro Nogueira, senador pelo Piauí, apontou o crescimento dos estados fora do eixo RJ-SP e a importância da infraestrutura. “Os estados fora de RJ e SP começaram a crescer mais que a média do PIB nacional. Temos oportunidade de focar na infraestrutura do país, tanto interna quanto voltada para a exportação, com foco nas médias cidades do país. Temos um crescimento grande na qualidade de vida das médias cidades do país. O agronegócio tem ajudado essas regiões. Eu fui relator de um projeto importante na legislatura passada da renovação dos nossos incentivos fiscais. Isso foi vital para vários estados, principalmente para o Espírito Santo. Gera uma receita para o nosso governo em relação à arrecadação de impostos”.

Ricardo Ferraço, vice-governador do Espírito Santo, falou sobre os riscos da reforma tributária para o Espírito Santo, que sem os incentivos fiscais pode perder atratividade para investimentos.

“Olam e Cacique estão construindo no território grandes plantas de café solúvel. Você faz um contrato com essas empresas para que elas se instalem no estado e Brasília muda a regra [dos incentivos fiscais], você muda a disposição dessas empresas seguirem investindo no Espírito Santo”, disse Ferraço.

No mesmo sentido, o deputado federal do Espírito Santo Josias Da Vitória falou sobre a necessidade de melhores regras para transição da reforma tributária.  “Nessa transição da reforma tributária, dessa nova implantação, a gente precisa trabalhar enquanto Congresso, enquanto representantes e trabalhar enquanto governo, essa transição fazendo com que a compensação aconteça e a gente possa ter uma política de desenvolvimento”.

O evento também teve falas de Juliano Custodio, CEO da EQI Investimentos; Luciano Ribeiro, diretor-geral da Record TV Brasília; André Dias, superintendente da TV Record; Daniel Conde, CEO da Conde Empreendimentos; Munir Abud, presidente da Cesan; Ettore Marchetti, CEO da EQI Asset; José Orrico, diretor de research da Apex; Luiz Carlos Hauly, deputado federal pelo Paraná; e  Eduardo Gomes, senador pelo Tocantins.

 

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas