Ago 2024
31
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Orlando Caliman | Na última semana,  AMEAR – Associação Empresarial de Aracruz, que faz parte da rede Espírito Santo em Ação – promoveu um evento em torno do Plano Estratégico de Aracruz, que recebe o nome de Aracruz do Futuro.

Sem dúvida, um evento marcante pois nos revela o lado empreendedor movido pelo espírito   coletivo, colaborativo e cooperativo do empresariado local. Um coletivo que se respalda na convicção de que se propõe a “jogar” um jogo do tipo ganha-ganha: ganham os negócios, ganham as empresas, ganha a sociedade, ganham os governos e ganham os cidadãos.

O interessante, no entanto, é que embora o apelo do propósito se ancore numa visão de futuro, como uma visão almejada, o que nos mostra a realidade já carrega elementos que podemos designá-los como portadores de futuro. Ou seja, o novo e o futuro já nos dão direcionadores – dicas – do que teremos no futuro.

Venho acompanhando a evolução  do que podemos chamar de região de Aracruz, compreendendo basicamente os municípios de Aracruz, João Neiva e Ibiraçu, desde a década de setenta. Ou mais precisamente deste a primeira fábrica da Aracruz Celulose, iniciada em 1974, que constituiu o elemento deflagrador do desenvolvimento daquela região. E foi a partir da Aracruz Celulose, hoje Suzano, que as coisas evoluíram em complexidade econômica e diversificação.

Mas, confesso que me surpreendi ao retornar num processo mais imersivo. Nem tanto pelas transformações, mas pela velocidade e intensidade dessas. Recordo-me que quando se elaborou o PELT-ES – Plano Estratégico de Logística do ES, se não me engano em 2008, já se apontava Aracruz como polo portuário multiuso. Esse conceito evoluiu para Plataforma Logística no Plano de Desenvolvimento ES 2030. Concepção que se encaixa mais adequadamente ao que vislumbramos hoje.

E as surpresas são expressas em números. Num levantamento rápido de investimentos previstos, somente do setor privado, e praticamente em curso, vamos nos deparar com números significativos. Algo em torno de 4 bilhões de reais, distribuídos em vários empreendimentos.

Somente no Porto da Imetame, já em estado avançado, estão previstos cerca de 1,7 bilhões. A Jurong prevê 600 milhões na construção de uma nova plataforma, a Suzano com algo no entorno de 1,2 bilhões; a Excim na produção e comércio de tecidos; investimentos em galpões logísticos. E não estão nesses números outros investimentos de peso, como aqueles vinculados à implantação da ZPE – Zona de Processamento de Exportação, da Imetame.

Não estão aqui relacionados os investimentos previstos pelo setor público – governos municipal e estadual, sobretudo em infraestrutura, boa parte dos quais em andamento, que também são muito significativos.

Aracruz dispõe assim, de fatores e condições que a credenciam a se transformar em eficiente e complexa plataforma logística, um “hub” de negócios e logística. E no momento, planejar é preciso. E é o que se propõe a fazer.

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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