Set 2024
29
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Porto do Rio de Janeiro exporta três vezes mais rochas que o Porto de Vitória

Orlando Caliman | A Marmomac, realizada anualmente na Verona Fair – Verona Fiere – uma das maiores estruturas de feiras da Europa, na cidade de Verona, na Itália, volta a ser palco para as rochas – mármore e granito – capixabas.  Aliás, como vem acontecendo anualmente já faz um bom tempo. É a oportunidade de mostrarmos para o mundo a diversidade, a qualidade e a identidade de nossas rochas e nossa competência em transformá-las em verdadeiras joias.

Considerada também como a maior feira internacional do setor, não somente pelo tamanho, mas pela amplitude de abordagens temáticas, para o setor capixaba funciona como uma vitrine mercadológica ao mesmo tempo que fonte de absorção de novos conhecimentos, novas tecnologias e de processos de inovação.

Neste ano, aconteceu nesta semana, contando com 1.600 expositores de mais de 50 países, e tendo como focos a utilização de rochas na arquitetura, explorando a criatividade em design e a inovação que beira a fronteira no desenvolvimento tecnológico no mundo.

Por algumas vezes tive a oportunidade de visitá-la. Sem dúvida, algo deslumbrante que bem combina com a exuberância histórica, arquitetônica e cultural da cidade que a abriga. Esse enraizamento simbólico ganha ainda mais força ao associar-se a uma funcionalidade, que também lhe é histórica, de postar-se como plataforma logística com alcance de toda a Europa.

A cidade de Verona abriga uma das plataformas logísticas mais eficientes da Europa, chamada de Quadrante Europa, combinando vários modais de transporte, com ênfase no aéreo, ferroviário, rodoviário, que fazem conexões com portos do lado do mar Adriático e Mediterrâneo.

Foi de lá a inspiração para as plataformas logísticas projetadas, por exemplo, no ES2030, o Plano de Desenvolvimento do Espírito Santo de longo prazo, elaborado em 2013. No ES 2030 foram projetadas três plataformas: Plataforma Metropolitana, Aracruz e Presidente Kennedy. Um conceito que vem se concretizando em Aracruz, com ancoragem no complexo portuário e integração ferroviária e rodoviária, e com potencial para o aeroviário.

Conceito, que se concretizado, solucionará o principal gargalo e desafio do setor de rochas do Espírito Santo: o portuário. Comprova o tamanho do gargalo os números divulgados pelo Sindirochas e Centrorochas, no boletim mensal de informações, relativos às exportações do mês de junho. Naquele mês, o setor de rochas do Espírito Santo exportou US$ 75,7 milhões, 78% do valor total do produto exportado pelo Brasil, porém apenas US$21,2 milhões foram escoados pelos portos capixabas.

– Principais Portos de Escoamento das Exportações Brasileiras – Junho 2024 (Centrorochas)

Porto do Rio de Janeiro movimentou US$ 59.2 milhões e 58.3 milhões de kg
Porto de Vitória movimentou US$ 21.2 milhões e 77.6 milhões de kg
Porto de Santos movimentou US$ 6.4 milhões e 11.8 milhões de kg

E nesse aspecto, vale ressaltar que estamos tratando aqui da cadeia produtiva, autenticamente capixaba, mais completa, extensa, complexa e internacionalizada. Deverá exportar, neste ano, cerca de US$ 1,2 bilhões, pois até agosto já exportou o valor de US$ 773 milhões.

A Marmomac certamente funciona como janela de oportunidades, em várias frentes, para o crescimento e inovação do setor.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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