Parques do Espírito Santo vão gerar R$ 1,7 bilhão de impacto econômico após concessões
A startup capixaba ECO55 concluiu o projeto “Diagnóstico Climático”, que busca impulsionar a agenda climática e promover a transição para uma economia de baixo carbono entre empresas capixabas. Junto ao Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), o projeto impactou mais de 300 empresas e contabilizou 1,2 milhão de toneladas de carbono. Até o fim de 2024, mais de 600 empresas terão suas emissões contabilizadas no Espírito Santo.
Os diagnósticos realizados no projeto “Diagnóstico Climático” seguiram protocolos internacionais, como a ferramenta de cálculo de emissões de carbono GHG Protocol e os padrões de materialidade do SASB, um sistema que define padrões para riscos e oportunidades de sustentabilidade, permitindo que as empresas participantes avaliassem suas emissões de gases de efeito estufa, práticas de sustentabilidade e riscos climáticos de maneira abrangente e eficaz.
Ao todo, em 90 dias, o projeto resultou na entrega de 25 inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE), contabilizando mais de 1,2 milhão de toneladas de carbono em empresas capixabas.
O diretor-presidente do Bandes, Marcelo Saintive, explica que, com base nas análises detalhadas do projeto, essas empresas estão agora mais preparadas para implementar estratégias de mitigação de emissões e para avançar na transição para uma economia de baixo carbono. “Temos agora uma base que permitirá construir produtos alinhados à agenda de transição energética e à realidade das empresas capixabas“, destacou.
Guilherme Barbosa, da ECO55, ressaltou a necessidade de criar um Sistema de Mensuração, Reportagem e Verificação (MRV) estadual, alinhado à Taxonomia Sustentável Brasileira e ao Plano de Descarbonização do Espírito Santo. Esse sistema é considerado essencial para monitorar as emissões de carbono e a resiliência da economia capixaba na transição para um modelo mais sustentável, permitindo que o estado avance em direção às suas metas climáticas com precisão e transparência.
“Não dá para comparar as emissões e o padrão da indústria capixaba com a do Mato Grosso, a do Paraná e a do Ceará, por exemplo. Cada um tem uma realidade diferente. Nós temos uma economia intensiva em carbono, por causa das nossas matrizes energéticas, das nossas indústrias, e vai ser assim por muito tempo. E, de certa forma, isso pode ser encarado como uma ameaça, mas também é uma oportunidade de inovação, desde que a gente possa ter acesso aos nossos indicadores”, explicou o especialista no evento ESG+, promovido pela Apex e Rede Vitória.
A expectativa, segundo Guilherme, é de que a parceria entre o Bandes e a ECO55 inspire mais empresas capixabas a promoverem um ciclo positivo de inovação e de investimentos em sustentabilidade no estado. “Nesta semana, estamos iniciando uma jornada com a Cesan, que vai impactar outras 275 empresas. Assim, até o final deste ano, teremos o maior inventário de sustentabilidade do Espírito Santo. Mais que isso: um termômetro da resiliência do empresário capixaba perante a transição energética”, completa.
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