“Não somos o maior estado do Brasil, então temos que ser o melhor estado do Brasil”, diz Casagrande
O Espírito Santo, de fato, tornou-se por três dias a capital sustentável do mundo. Condição, diga-se, privilegiada, que foi bem captada pelo jornal O Globo, em matéria veiculada sob o título “Espírito Santo será a Capital ESG no mundo”.
Orlando Caliman | Como preconizado por Frank Jünger Richter, fundador do Horasis Global Meeting e ex-presidente do World Economic Fórum, em cerimônia realizada no Palácio Anchieta, que antecedeu o Horasis Global Meeting, o Espírito Santo tornou-se a Capital ESG do mundo.
Confesso que na minha avaliação, talvez poucos, sem dúvida, privilegiados, tiveram a capacidade de captar a dimensão real, e mais que real, simbólica, do evento, que aconteceu entre os últimos dias 25 e 27. Tivemos nesse encontro global a participação de aproximadamente 1.300 lideranças globais de 50 países. Um acontecimento inédito no nosso estado.
Com o propósito espelhado no slogan “Construindo Pontes para o Futuro” o evento global proporcionou um espaço único e virtuoso de compartilhamento de novas ideias, experiências e de “co-criação” em torno da questão da sustentabilidade vista numa perspectiva ESG – Ambiental, Social e de Governança.
Abordei o referido evento em artigo anterior. Volto a tê-lo em tela por uma leitura que faço da sua importância e por janelas e portas de oportunidades que poderão ser abertas. E essa avaliação prende-se de um lado à condição quase que compulsória de termos que estar olhando para fora, ou seja para o mundo; e de outro, que para tanto, também quase que compulsoriamente, temos que ser competitivos.
Mas, em que esses condicionantes o Horasis Meeting pode nos oferecer direcionamentos e oportunidades? Primeiramente, o próprio evento nos traz um simbolismo de mudança de patamar de articulação: global. Mais quer necessária, compulsória. Segundo, que nos possibilita desenvolver percepções mais claras do mundo, e no sentido inverso, deste nos ver como janelas e portas de oportunidade, e como parte de soluções de desafios que nos são comuns, como questões de sustentabilidade.
Afinal, a economia capixaba é a mais aberta externamente dentre as demais. O nosso fluxo de comércio exterior – exportações mais importações – equivale a algo como 43% de toda a riqueza produzida anualmente. Condição que nos atrela fortemente ao que acontece no mundo econômico.
Nesse aspecto, o evento proporcionou “jogar luzes do mundo para o Espírito Santo”, como bem colocou Gabriel Feitosa, diretor do ESAção, uma das instituições organizadoras, em sua fala no lançamento do evento. Mas também, jogar nossas “luzes” para o mundo. Isso é parte do que podemos denominar de “diplomacia” ativa.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória